A Câmara de Votorantim abriu uma Comissão Especial de Inquérito (CEI), na última terça-feira (25), para avaliar denúncias de possíveis irregularidades em contratações realizadas durante a presidência do vereador Alison Andrei Pereira de Camargo, conhecido como Pastor Lilo (União Brasil), entre os anos de 2019 e 2020. O pedido foi feito com base em ofícios elaborados pela entidade Agentes Voluntários do Brasil (AVB) e Instituto Ação Cidadã (IAC).

Os vereadores Cesar Silva (Cidadania), Rogério Lima (PP), Cirineu Barbosa (PMN) e Zelão (PT) formalizaram o pedido de abertura da CEI, destacando que o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) também instaurou um inquérito civil para apurar as possíveis irregularidades apontadas em contratos do Executivo em 2019.

De acordo com o documento elaborado pelos edis, o MP também investiga a existência ou não de crimes em, pelo menos, 25 contratações celebradas pela Câmara nesse período. O objeto da investigação são supostos crimes licitatórios, como contratação superfaturada e direcionamento de certames.

O presidente da Casa Legislativa, Thiago Schiming (PSDB), informou que há três processos de abertura de inquérito na Promotoria Pública de Votorantim, que versam sobre enriquecimento ilícito, dano ao erário público e improbidade administrativa.

“Baseado nos pedidos da entidade, os vereadores acataram o pedido e foi aberta uma CEI para investigar as possíveis irregularidades. Os trabalhos começarão assim que os líderes dos partidos indicarem os representantes da comissão”, explicou.

O vereador Pastor Lilo (União Brasil), alvo das denúncias, pediu “cinco minutos” para responder à reportagem. O Cruzeiro do Sul tentou entrar em contato com o parlamentar depois, conforme o combinado, mas ele não atendeu às chamadas. (Wilma Antunes)