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TJ arquiva processo contra Elize Matsunaga por uso de documento falso

A informação foi confirmada pela Polícia Civil de Sorocaba, responsável pelas investigações do caso

26 de Abril de 2023 às 13:18
O processo contra Elise Matsunaga por uso de documento falso em Sorocaba foi arquivado
O processo contra Elise Matsunaga por uso de documento falso em Sorocaba foi arquivado (Crédito: Divulgação/Netflix)

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) arquivou o processo contra Elize Matsunaga, de 41 anos, por uso de documento falso em Sorocaba. A informação foi confirmada pela Polícia Civil de Sorocaba, responsável pelas investigações do caso. Elize foi condenada a mais de 16 anos de prisão por ter matado e esquartejado o marido, Marcos Kitano Matsunaga, em 2012. Após dez anos na cadeia, ela recebeu liberdade condicional em maio de 2022.

Segundo a polícia, o TJ acatou um pedido do MP para arquivar a denúncia. "O Ministério Público entendeu que a falsificação foi grosseira e não se prestava a enganar as pessoas", informou. 

De acordo com as investigações, Elize morou na cidade entre dezembro de 2022 e o começo de fevereiro de 2023. Nesse período, trabalhou em uma empresa prestadora de serviços de pintura para condomínios residenciais. Para conseguir o emprego, ela teria falsificado um atestado de antecedentes criminais.  As denúncias surgiram no fim de janeiro deste ano. A falsificação foi descoberta quando um residencial próximo ao bairro Wanel Ville, na zona oeste, exigiu o documento.

Conforme a Polícia Civil, para adulterar o registro, ela teria usado os dados de um colega de trabalho e, também, colocado o seu nome de solteira, Elize de Araújo Giacomini, em cima do nome original. Além disso, o QR comprobatório da autenticidade do atestado foi borrado. Houve, ainda, a alteração dos dois números que ajudam na identificação do rodapé do papel.

Em fevereiro, Elize foi indiciada em Sorocaba por utilização de documentos falsos. Na ocasião, prestou depoimento e foi liberada. Na oitiva, negou ter adulterado o atestado e afirmou que a empresa para qual trabalhava foi a responsável por conseguir o documento falsificado. Alegou, também, que apresentava o seu RG digital nas entradas dos condomínios, por meio do celular.

Por conta desse caso, em março, o MP pediu à Justiça para Elize Matsunaga ser levada de volta à prisão. A Vara de Execuções Criminais de Franca, onde ela mora, negou a solicitação e decidiu mantê-la em liberdade condicional. Segundo o órgão, a decisão foi tomada porque a investigação estava em fase inicial, sem condenação, e ela tem cumprido as condições lhe impostas pelo Poder Judiciário.

Cinco condomínios

Durante a sua passagem por Sorocaba, Elize passou por pelo menos cinco condomínios, tendo retornado para Franca em fevereiro, no feriado de Carnaval, de acordo com a polícia.  

Procurada pela reportagem, a defesa de Elize Matsunaga preferiu não se posicionar sobre a decisão da Justiça. Questionados, o TJ e o MP também não se manifestaram, sob justificativa de que o processo tramita em segredo de Justiça.