A Polícia Civil investiga uma denúncia de estupro de uma paciente contra um médico de São Roque, na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS). O caso foi registrado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da cidade, onde a vítima, uma mulher de 51 anos, prestou queixa no último dia 27 de março.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a DDM de São Roque está investigando o caso por meio de inquérito policial instaurado. O Cruzeiro do Sul tentou contato com a defesa do médico, mas não houve retorno das ligações efetuadas até o momento. A pasta estadual informa ainda que ele deverá ser ouvido pela polícia nesta sexta-feira (28).

Conforme o boletim de ocorrência, após passar por uma cirurgia estética na clínica onde o médico atende em São Roque, a mulher afirma ter sido abusada por ele durante duas consultas de retorno. “Seis dias após a cirurgia, voltei para a consulta de retorno e percebi que ele trancou a porta do consultório e enquanto estava me atendendo ele passou as mãos nas minhas partes íntimas. Eu travei, fiquei sem reação, embora eu estava totalmente consciente”, afirma.

Ainda segundo a ocorrência, uma semana depois, em uma nova consulta após o procedimento cirúrgico, a vítima afirma que o médico passou as mãos em suas nádegas, além de ter pressionado o órgão genital contra o braço dela. Após o ocorrido, ela decidiu registrar boletim de ocorrência contra o médico e não retornou mais para as consultas.

Questionada a respeito, a SSP informa que a autoridade policial realizou oitivas da vítima e testemunhas, e que ouvirá o investigado na sexta-feira (28). “Ela aguarda o resultado do laudo pericial, ainda em elaboração, para análise e esclarecimento dos fatos”, informa a pasta estadual. Porém, a vítima informa que o procedimento ainda não foi realizado. Ela disse ainda que, após o registro da ocorrência, ficou sabendo de outras supostas vítimas do médico, que também alegam que sofreram abuso sexual.

O Cruzeiro do Sul também questionou o Ministério Público (MPSP) e o Conselho Regional de Medicina do Estado (Cremesp) sobre o caso. Em nota, o MP informou que está verificando e que assim que tiver informações a respeito irá divulgar.

Já o Cremesp informa que está investigando o caso, que corre sob sigilo determinado por lei. “Qualquer manifestação ou posicionamento adicional por parte do Conselho pode resultar na nulidade do processo”, ressalta. (Da Redação)