Buscar no Cruzeiro

Buscar

Obras na SP-97 oferecem riscos, dizem motoristas

Sinalização deficiente e iluminação ruim estão entre as principais queixas

20 de Abril de 2023 às 23:01
Obras acontecem no trecho entre Sorocaba e Porto Feliz
Obras acontecem no trecho entre Sorocaba e Porto Feliz (Crédito: CORTESIA / SAMUEL FERREIRA)

As obras no quilômetro 9,4 da rodovia Emerenciano Prestes de Barros (SP-97), que liga Sorocaba a Porto Feliz, oferecem riscos à segurança dos condutores. A afirmação é de motoristas que temem sofrer acidentes no local, devido a uma série de supostos problemas envolvendo os serviços. Segundo os reclamantes, as intervenções não estão adequadamente sinalizadas e não há iluminação eficiente. Além disso, para eles, um novo desvio, cuja implementação não teria sido comunicada, e a instalação de duas lombadas também aumentam as chances de ocorrências.

De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), as obras são de responsabilidade e execução da Prefeitura de Porto Feliz. O órgão informa que o objetivo dos trabalhos é implantar um acesso da Estrada Municipal para a SP-97.

O operador de máquinas Samuel Ferreira de Lima, de 38 anos, mora em Sorocaba e trabalha em Porto Feliz. Por isso, passa de motocicleta pela via diariamente. De acordo com ele, os serviços começaram há aproximadamente um ano e, desde então, os transtornos prosseguem. Samuel diz que não há placas refletivas indicando os trabalhos, mas apenas faixas simples. Para o motociclista, esse problema, aliado à falta de iluminação, impossibilita a visualização dos avisos à noite.

Segundo o usuário da estrada, a situação pode desencadear acidentes. “Dá medo passar ali. De dia, temos que passar com a atenção redobrada e, à noite, passar a dez quilômetros por hora, para não acontecer acidentes, porque é uma escuridão total. Não dá para ver nada”, disse. Ele mesmo já presenciou ocorrências do tipo. “Outro dia, uma carreta caiu em um buraco”, citou.

Nesse sentido, Lima aponta o fato de as faixas estarem fixadas à curta distância do local como outra possível causa de sinistros. Isso porque, conforme ele, motoristas só veem as intervenções quando já estão bem próximos delas e, assim, freiam bruscamente. “A faixa mais distante deve estar a 200 metros (das obras). Deveria ter placas refletivas a dois, três quilômetros”, falou, referindo-se a uma sugestão de medida para garantir mais segurança. 

Desvio

O motociclista ainda afirma ter sido foi adotado, na semana passada, um desvio no sentido Sorocaba. Entretanto, a alteração não teria sido informada de nenhuma maneira. Com isso, quem utiliza a via foi pego de surpresa. “Eles simplesmente fizeram o desvio e deixaram na escuridão total. Quando eu vi, já estava em cima. Quase caí da moto, mas consegui frear”, contou. Outros, no entanto, não tiveram a mesma sorte. “Quando eu passei nesse local do desvio, já tinha cinco carros batidos, que não conseguiram frear”, completou.

Segundo Lima, motoristas habituados a trafegar na pista reduzem a velocidade antes de chegar a esse trecho. Contudo, acrescenta, aqueles que a desconhecem não conseguem fazer o mesmo, ficando sujeitos a se acidentar.

Lombadas

O operador de onduladeira Anderson Alberto de Assis, de 30 anos, é mais um morador de Sorocaba que trabalha em Porto Feliz. Ele confirma todos esses impasses elencados por Samuel Ferreira Lima e ainda inclui na lista a instalação recente de duas lombadas. “A situação está bem precária e bem perigosa”, comentou.

De acordo com Assis, inicialmente, nenhuma sinalização foi colocada para indicar a presença das rampas. Além disso, conforme ele, ambas possuem características passíveis de elevar, ainda mais, o perigo de acidentes. “Como elas são bem estreitas e altas, as pessoas freiam rapidamente, e um carro com pouca distância pode bater atrás de outro”, apontou. “Eu mesmo quase bati o carro”, emendou.

Por meio de nota, o DER disse já ter solicitado o reforço da sinalização na rodovia, para garantir melhores condições de segurança. Já a Prefeitura de Porto Feliz não respondeu o questionamento da reportagem até o fechamento desta matéria. (Vinicius Camargo)