Com aumento médio de 37,77% nos preços dos tradicionais ovos de chocolate em relação ao mesmo período do ano passado, o consumidor precisa pesquisar e comparar preços se quiser economizar. Estudo realizado pelo Procon-SP, no mês passado, em nove supermercados com vendas on-line, constatou diferenças de preços dos ovos de Páscoa de até 320,46%. Os tabletes e os bombons também apresentaram variação, respectivamente, de 116,31% e 65,54%.

Em média, o acréscimo nos preços dos bombons foi de 14,04% e dos tabletes de chocolate de 4,37%, em relação à Páscoa passada. Para referência, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-SP) referente ao período de março de 2022 a fevereiro de 2023, registrou variação de 6,71%.

Em Sorocaba, os preços dos ovos também variam. Os ovos de chocolate com os preços mais baixos podem ser encontrados nos chamados atacarejos, que possuem grandes quantidades do produtos, de várias marcas e espaços exclusivos para os produtos.

Há quem deixe para comprar os produtos na última hora, ou seja, na véspera ou no próprio domingo de Páscoa, que neste ano será no dia 9 de abril.

Segundo o levantamento do Procon-SP, as maiores diferenças de preços praticados entre os estabelecimentos pesquisados foram no caso do ovo crocante de 215g da Garoto. Em um local o preço era de R$ 155,15 e no outro de R$ 36,90 (320,46%). Já o tablete Talento Recheado Avelã de 85g, também da Garoto, era vendido em um estabelecimento por R$ 15,12 e em outro por R$ 6,99 (116,31%), enquanto no pacote de bombom Ouro Branco, de 1000g Lacta, em um site o preço era de R$ 74,99 e em outro, R$ 45,30 (65,54%).

O levantamento do órgão de defesa do consumidor também calculou o valor médio do quilo dos três tipos de produtos, tomando como base o valor médio dos produtos pesquisados: para os ovos de Páscoa o preço médio por quilo foi de R$ 361,97. Nos bombons, R$ 142,63, e nos tabletes, R$ 81,31.

“Essa informação facilita a comparação e possibilita ao consumidor escolher opções mais baratas e que não comprometam o seu orçamento”, aponta o Procon-SP.

Na tarde de ontem (5), a manicure Clarice Stainer Schilling, de 53 anos, foi até um atacarejo na cidade para comprar ovos de Páscoa para os quatro netos. Ela afirma que todo ano, apesar dos preços, não deixa de comprar algum chocolate para eles. “Aqui o preço está bem melhor e pesquisei antes. No ano passado, eu vim no dia da Páscoa e o preço estava melhor ainda”, conta.

Clarice disse que irá gastar cerca de R$ 200 para comprar quatro ovos de chocolate. “Meus netos têm preferência, então, dois ovos serão de chocolate branco, e os outros dois de chocolate preto”, afirma.

A pesquisa

O Procon-SP realizou o levantamento de preços de caixas de bombons, ovos de Páscoa e tabletes de chocolates no período de 13 a 15 de março, em nove estabelecimentos de vendas on-line. De acordo com o órgão, o objetivo é oferecer uma referência de custo ao consumidor por meio dos preços médios obtidos dentro da amostra pesquisada.

“Foram coletados os menores preços à vista, para pagamento no cartão de crédito, disponíveis no site no momento da coleta, sem considerar o valor do frete e eventuais promoções ou descontos vinculados às regras estabelecidas pelo site”, informa.

Dicas

O Procon-SP reforça que é importante que os consumidores comparem os preços praticados por diferentes estabelecimentos, considerando a relação entre a qualidade, peso e o preço do item. Nas lojas virtuais deve-se considerar também o valor do frete, lembrando que nos casos de produtos licenciados com personagens, em geral, o preço costuma ser mais elevado em função deste licenciamento.

Se o momento for de orçamento apertado, vale lembrar que as caixas de bombons e tabletes de chocolates também podem substituir os tradicionais ovos de Páscoa, quase sempre com preços mais atrativos.

Os ovos de Páscoa que trazem brinquedos em seu interior devem apresentar em sua embalagem a frase “Atenção: contém brinquedo certificado no âmbito do Sistema Brasileiro da Avaliação da Conformidade”. Também é obrigatória a indicação de faixa etária ou, se for o caso, frase que informe que não existe restrição de faixa etária.

O brinquedo deve ter o selo do Inmetro em sua embalagem, identificação do fabricante ou importador (nome, CNPJ, endereço), instruções de uso e de montagem, quando for o caso, e eventuais riscos que possam apresentar à criança. (Ana Claudia Martins)