Saúde pública
Falta remédio de uso contínuo nos postos de saúde da cidade
Prefeitura informa que está resolvendo um problema antigo e que mudará o sistema de compra desses medicamentos
As Unidades Básicas de Saúde (UBSs) enfrentam falta de medicamentos de uso contínuo. Usuários afirmam que não estão disponíveis os remédios Azukon, para o controle da diabetes; o antidepressivo Amitriptilina; Cardeviol, usado no tratamento da insuficiência cardíaca; Clopidogrel, para tratar e prevenir a trombose arterial; bem como Sivastatina, redutor de colesterol e tiglicerídios.
Diagnosticado com diabetes há 20 anos, Jairo Bacarin, de 56 anos, toma o Azukon desde a descoberta do problema. Ele sempre retirou a medicação na UBSs do Jardim São Guilherme. Porém, desde outubro de 2022, diz que não encontra o fármaco na unidade, nem em nenhuma outra. “Liguei na Prefeitura e disseram, que está faltando em todo lugar”, contou.
Com isso, a sua única alternativa é comprar mensalmente o medicamento, cujo custo é de R$ 60. “Às vezes, eu não tenho dinheiro e pesa”, comentou. Para Bacarin, a situação é preocupante, pois, dependendo da doação, os pacientes não podem ficar sem os remédios, e nem todos têm condições de custeá-los. “Não pode deixar falta remédios de uso contínuo. Antes de termina, tem que comprar”, falou.
O que diz a Prefeitura
Por meio de nota, a Prefeitura informou que está resolvendo um problema antigo. Para solucionar a questão, de uma vez por todas, a compra dos medicamentos passará a ser feita por meio de uma ata global, que compreenderá todo tipo de remédio e insumo e sua reposição imediata, com um investimento municipal de mais de R$ 20 milhões. Essa modalidade só não está em vigência ainda, porque sofreu recurso. Para agilizar o abastecimento, foi realizada uma compra emergencial, que prevê a reposição nos próximos dias. Esses medicamentos podem ser substituídos por outros similares disponíveis, desde que receitados pelos médicos.