Poder Legislativo
Apenas um deputado federal da região apoia CPI do MST
Proposta quer investigação sobre as invasões feitas por grupos do Movimento Sem Terra
O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) protocolou, na quinta-feira (9), um pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as invasões feitas por grupos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em propriedades privadas. Em um vídeo publicado em seu canal no Youtube, o parlamentar afirmou que “toda invasão é criminosa” e, portanto, deve ser investigada. Entre os parlamentares que representam a região de Sorocaba na Câmara Federal, apenas Jefferson Campos (PL) aderiu à propos até o momento.
Kim destacou que as invasões às terras produtivas pelos líderes do MST incluíram tentativas de extorsão dos proprietários. Eles teriam exigido dinheiro em troca da garantia de que não invadiriam a terra. O deputado acrescentou que o “Carnaval Vermelho”, realizado no início deste ano por vários movimentos, resultou em diversas invasões de terras produtivas. Ele argumentou que o direito à propriedade é fundamental e que cabe ao Poder Público desapropriar terras improdutivas.
“Quem determina se a propriedade está cumprindo sua função social é o Estado. Senão, qualquer pessoa pode interpretar qualquer artigo da Constituição e tentar aplicá-lo na prática. Mas aí a gente passa a viver em uma anarquia e não em um estado democrático de direito. Quem tem que desapropriar a terra é o Poder Público. Caso contrário, é criminoso”, afirmou.
Kataguiri ainda não divulgou quantos parlamentares já assinaram o pedido de CPI, contudo, o deputado federal Jefferson Campos (PL-SP) informou ao Cruzeiro do Sul que está de acordo com a proposta e pediu para ser colocado na comissão para ajudar a esclarecer algumas questões.
“Essa semana, nós assinamos a CPI que vai investigar o MST, esse movimento que, durante muito tempo, invadiu propriedades ditas improdutivas. Mas nós sabemos que não é verdade. Queremos saber quem financia esse movimento, qual é a real intenção de seus líderes e como se posicionam diante da Constituição Federal. Iremos fiscalizar, não há espaço para gestões desastrosas e o Brasil não pode navegar sem direção, o Governo até então, não apontou propostas efetivas para o pleno desenvolvimento”, finalizou o deputado. (Wilma Antunes)