Perigo
Afogamentos aumentam 46% em Sorocaba, diz Corpo de Bombeiros
Embriaguez, desrespeito aos alertas e brincadeiras de risco em águas profundas são as principais causas
Neste verão, de dias quentes, muitas pessoas aproveitam para se refrescar em piscinas, praias, represas e rios. No entanto, os banhistas precisam redobrar os cuidados para evitar afogamentos. Segundo o Governo do Estado, Sorocaba está entre as cidades com maior número de casos, ao lado de São José dos Campos e cidades do litoral. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o número de ocorrências por afogamento em Sorocaba aumentou 46% em 2022, saltando de 13 ocorrências em 2021, para 19 no último ano.
A causa dos afogamentos está ligada à imprudência, como a embriaguez dos adultos -- sendo este o principal agravante dos afogamentos, e as brincadeiras de risco dentro de áreas com maior profundidade. O Corpo de Bombeiros informou que foram registrados 3,1 mil afogamentos em todo o Estado em 2022, um aumento de 11,7% em relação a 2021, quando ocorreram 2,81 mil casos. Só em praias paulistas foram registrados 2,3 mil casos no ano passado.
Entre outras causas, estão o desrespeito aos alertas de perigo e o uso de flutuadores no mar, como colchões infláveis. Coordenadora do Grupo de Atendimento e Resgate às Urgências (Grau), Cecilia Damasceno alerta que as pessoas não devem abusar da sorte e que, na praia, é preciso respeitar as orientações do salva-vidas: “Quase metade dos afogados acreditavam que sabiam nadar”.
Cuidados necessários
Quando as crianças estão na piscina, é importante que uma pessoa seja designada para tomar conta delas. Essa pessoa deve se concentrar no cuidado dos pequenos e evitar o consumo de bebida alcoólica. No caso dos clubes ou praias, mesmo com a presença de salva-vidas, os responsáveis devem manter a atenção nas crianças, pois a visão do salva-vidas pode ser prejudicada pelo ângulo ou pela movimentação de pessoas. Não entre na água caso esteja alcoolizado. A bebida alcoólica faz com que o banhista perca seu senso crítico relação ao mergulho. Sempre tenha uma companhia nos mergulhos. Não mergulhe de cabeça em depósitos naturais de água, pois o fundo está em constantes transformações.
Nunca desobedeça a orientação do Corpo de Bombeiros. Em mar, rios e outros locais com correnteza, o nível da água não deve ultrapassar a cintura, para que o banhista não seja surpreendido por depressões no solo, ondas ou correntes inesperadas. Caso se sinta em perigo, evite gritar ou nadar contra a correnteza para poupar o fôlego e evitar cansaço: peça ajuda sinalizando com os braços e procure boiar. (Virginia Kleinhappel Valio)
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