Estradas
Viagem de carro de Sorocaba a São Paulo fica 11% mais cara
Aumento nos preços dos pedágios passa a valer a partir da 0h desta sexta-feira (16); viagem de carro da cidade para SP, ida e volta, custará R$ 44,40

Os sorocabanos vão pagar cerca de 11% a mais na viagem de carro até a capital paulista por conta do aumento nos preços dos pedágios, que passará a valer a partir da zero hora desta sexta-feira (16). Os novos valores foram publicados no Diário Oficial do Estado na última quarta-feira (14), após o governador Rodrigo Garcia (PSDB) autorizar aumento de 10,72% a 11,73%.
Nas rodovias de Sorocaba e região, que são administradas pela concessionária CCR ViaOeste, a tarifa mais cara é a do pedágio na praça de Itu, na Castello Branco, que faz parte do chamado Sistema Castello/Raposo. Até hoje (15), os motoristas pagam R$ 13. A partir de amanhã (16), o preço do pedágio subirá para R$ 14,60, o que representa um aumento de 12,30%, ou seja, maior do que o anunciado pelo governo estadual.
Para viajar de carro de passeio de Sorocaba para São Paulo, atualmente o sorocabano paga, no total, R$ 40 ao passar por cinco pedágios, sendo dois na ida e mais três na volta. Depois do aumento nas tarifas, o valor total passou para R$ 44,40, isto é, um aumento de 11%.
Na ida para a capital paulista, o motorista sorocabano pagava R$ 13 no pedágio da Castello, na praça de Itu. Agora pagará R$ 14,60. Depois, na praça de Barueri o valor era R$ 4,90 e passou para R$ 5,40, ou seja, 50 centavos a mais. Somente o trajeto da ida, que antes ficava R$ 17,90 subiu para R$ 20, isto é, R$ 2,10 a mais.
Já na volta da capital paulista para Sorocaba, o motorista, antes, gastava no total R$ 22,10 com os três pedágios cobrados atualmente. Depois do aumento, o valor total subiu para R$ 24,40, ou seja, R$ 2,30 reais pagos a mais no trajeto. Saindo de São Paulo, antes o motorista pagava R$ 4,90 na praça de pedágio em Osasco. Agora subiu para R$ 5,40.
Já na praça de Itapevi, antes era R$ 9,80 e passou para R$ 10,80, o que representa um aumento de 10,20%. E no pedágio da Castelinho (Rodovia Senador José Ermírio de Moraes) antes o valor era R$ 7,40 e subiu para R$ 8,20, o que significa um aumento de 10,81%.
O aumento não agradou. O taxista José Djalma de Souza, 67 anos, que trabalha no centro de Sorocaba, disse que achou um absurdo os novos valores. Ele disse que viaja quase sempre para São Paulo e que o aumento é abusivo. “Na situação que estamos e depois de uma pandemia esse aumento é um absurdo. O governador não deveria ter autorizado isso, ainda mais que ele já está deixando o cargo”, reclama.
No dia 30 de junho deste ano, véspera de vigorar o aumento anterior previsto em contrato, o governador, então pré-candidato tucano à reeleição, Rodrigo Garcia, havia anunciado o congelamento dos pedágios “para conter a alta desenfreada dos preços, principalmente dos combustíveis”.
Depois que Garcia anunciou o congelamento das tarifas, a Associação Brasileira de Concessões Rodoviárias (ABCR) divulgou nota manifestando “grave preocupação com a adoção da medida, em um momento crítico no qual as empresas ainda enfrentam os efeitos econômicos da Covid-19 e o aumento expressivo do preço de insumos.”
No dia 10 de julho, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE) deu prazo de 10 dias para que o governo estadual prestasse esclarecimentos sobre a suspensão do reajuste e informasse sobre os fundamentos da decisão. No mês seguinte, o governo estadual assinou contrato com as concessionárias se comprometendo a reajustar os pedágios até 16 deste mês.
Aumento chegou a 11,53% na Raposo
Na rodovia Raposo Tavares, na região de Sorocaba, que também é administrada pela CCR ViaOeste, o aumento nos preços dos pedágios chegou a 11,53%. É o caso, por exemplo, das praças nos municípios de Alumínio e de São Roque, cujos valores passaram de R$ 10,40 para R$ 11,60. Já na praça de Araçoiaba da Serra, subiu de R$ 4,40 para R$ 4,90.
Conforme a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), o aumento está previsto nos contratos de concessão. “O reajuste aplicado era previsto inicialmente para julho, mas foi adiado pelo governo estadual devido à sensível conjuntura econômica existente na ocasião, com alta inflação e alta desenfreada dos preços, em especial, de combustíveis”, informa em nota.