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Eleições

Após confusão, eleição do Conselho da Mulher pode até parar na Justiça

O alvoroço começou quando eleitoras de uma das chapas pediram para que as eleições não fossem feitas por segmentos

14 de Dezembro de 2022 às 00:01
Wilma Antunes [email protected]
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A eleição do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Sorocaba pode até ir parar na Justiça. A eleição, que foi realizada na noite de segunda-feira (13), acabou em confusão. A sede da Secretaria da Cidadania (Secid), que fica na rua Santa Cruz, região central da cidade, ficou lotada. Vídeos que circulam na internet mostram o bate-boca entre as candidatas.

Duas chapas disputavam o poder do órgão fiscalizador. A “Mulheres em Foco” está à direita do espectro político; enquanto a “Mulheres em Movimento pela Democracia” é formada por candidatas mais à esquerda. O alvoroço começou quando eleitoras da “Mulheres em Foco” pediram para que as eleições fossem feitas por chapa, e não por segmentos.

De acordo com o edital da eleição, o método de votação é por voto aberto. Cada pessoa credenciada tem direito a somente dois votos em cada segmento. São consideradas eleitas as mulheres, entidades ou movimento de mulheres com maior número de votos dentro de cada segmento. Ainda conforme o documento, são eleitas como titulares as 10 mulheres com maior número de votos e, como suplentes, as próximas 10 mais votadas dentro de cada segmento.

Por não aceitar a mudança de última hora, a presidente do atual Conselho, Emanuella Barros, junto a integrantes da Comissão Eleitoral, decidiu suspender o pleito. A chapa opositora, entretanto, não aceitou a decisão e permaneceu no prédio da Secid. A eleição continuou mesmo sem a presença do outro grupo. Kellen Fez, presidente da “Mulheres em Foco”, disse que o pleito prosseguiu com outro representante da comissão e que seu grupo venceu.

“Houve muitas inscritas e a Comissão Eleitoral não se organizou para o fato, mesmo tendo todo suporte da Secid. Ao iniciar a votação, após a comissão decidir que seria por chapa para agilizar o pleito, as candidatas e a senhora Emanuella decidiram suspender a eleição. O fato, porém, só poderia ter sido feito pela comissão, mas não houve consenso entre eles”, explicou Kellen.

Para Emanuella, a história não é bem assim. Ela classificou a história como “um show de horrores” e disse que entrará com uma ação na Justiça. “Há aproximadamente um mês recebemos informações de que o Poder Público estava articulando uma chapa para ocupar o Conselho de Mulheres. Tentaram, ao longo de dois anos, barrar as nossas atividades. Nosso Conselho é o mais ativo, que enfrenta e não se cala. Tentaram tumultuar, o prédio não comportava o número de pessoas”, alegou a conselheira. (Wilma Antunes)