Sorocaba
Palácio da Polícia Civil não tem data para sair do papel

O Palácio da Polícia Civil, projeto anunciado em agosto de 2021 pela deputada estadual Maria Lúcia Amary (PSDB), não tem data prevista para ser implantado. A informação foi confirmada pela Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) ao jornal Cruzeiro do Sul. A Pasta comunicou que recebeu da Secretaria de Segurança Pública (SSP) a solicitação de cessão de uso do complexo onde atualmente funciona o Escritório da Defesa Agropecuária (EDA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), para abrigar unidades da Polícia Civil de Sorocaba. A SDR encaminhará o documento para a análise do Conselho do Patrimônio Imobiliário do Estado de São Paulo. O projeto ainda está em discussão inicial.
A definição de que o complexo, localizado na rua Gustavo Teixeira, na Vila Independência, se tornaria o Palácio da Polícia Civil, ocorreu durante uma reunião articulada pela própria deputada, em 10 de agosto do ano passado, no Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo do Estado, com a presença do secretário estadual de Segurança Pública, general João Camilo Pires de Campos, do secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, e do diretor do Deinter-7 de Sorocaba, Osmar Guimarães, entre outras autoridades. De acordo com a deputada, o projeto foi analisado tecnicamente e a ideia é concentrar todas as delegacias que estão espalhadas pela cidade em um mesmo local pertencente ao Estado. Dessa forma, o governo economizaria milhões de reais, pois deixaria de pagar diversos aluguéis dos prédios dessas unidades. “Assim vamos minimizar os custos e maximizar a questão dos recursos humanos dentro dele. Hoje se faz tudo online, então, a colocação física em um prédio não vai interferir no atendimento adequado a população”, ressaltou a deputada.
Prédio ocioso
Atualmente, o terreno onde o complexo está instalado conta com dois prédios. O da frente, que é menor, sedia o Escritório de Defesa Agropecuária. Já o prédio maior, segundo a deputada, estaria ocioso. A reportagem do jornal Cruzeiro do Sul esteve no local no dia 24 de novembro, por volta das 10h, e encontrou o prédio maior fechado. No local, há, inclusive, alguns trechos cobertos de mato.
A deputada Maria Lúcia informou que o complexo receberá uma grande reforma, porém, isso só será possível quando os funcionários do Escritório de Defesa Agropecuária, da Secretária de Agricultura, forem transferidos para outro local, processo, que segundo a deputada, atrasou devido às eleições. “Tenho feito um trabalho constante nessa direção, que ficou parado esses meses porque não se pode transferir prédios no período eleitoral. Agora, voltei a acompanhar os próximos passos. Como está nesse período de transição de governo, temos dificuldades para as coisas encaminharem com mais velocidade, mas vou continuar acompanhando”, declarou.
A reportagem entrou em contato com a Secretária de Agricultura para saber quantos funcionários do Escritório de Defesa Agropecuária trabalham atualmente no local. Além disso, o jornal questionou se o prédio maior, de fato, estaria ocioso. A Secretaria respondeu que o Escritório continua funcionando no local e não respondeu as demais solicitações.
Prédio precisa de reforma e adequação
O prédio onde deverá ser instalado o Palácio da Polícia Civil em Sorocaba tem linhas arquitetônicas arrojadas e foi construído no final da década de 1960. Para a implantação das delegacias na unidade, o local passará por uma reforma e adequação, segundo a deputada Maria Lúcia Amary. O projeto para a modificação foi realizado gratuitamente pelo Centro Universitário Facens e está finalizado, trabalho de autoria da professora dra. Giovanna Brígitte, coordenadora do Centro de Inovação da Facens, e sua equipe técnica.
No projeto, feito em tecnologia 3D, é possível visualizar como o local deve ficar no futuro. A parte exterior será revitalizada mas deve manter a arquitetura original do prédio. O interior do Palácio da Polícia Civil deverá ter uma grande recepção com portas e janelas de vidro, além de muitas cadeiras. O corredor dá acesso a outras salas, que também serão revitalizadas e utilizadas como escritórios.
Agora, com o projeto pronto, o próximo passo é colocar no orçamento uma emenda para garantir a reforma do prédio. “A parte mais difícil, de contratar o projeto, foi feita graciosamente. Agora a intenção é colocar no orçamento uma emenda para que, efetivamente, se tiver alguma dificuldade, tem uma emenda lá que possa garantir a reforma desse prédio e adequá-lo para que ele seja o futuro Palácio da Polícia”, encerrou a deputada estadual Maria Lúcia Amary. (Vanessa Ferranti)
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