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Fé e resiliência

Rede solidária ajuda manifestantes em frente ao quartel de Sorocaba

Organização e disciplina dão a tônica dos brasileiros acampados em frente de base militar

11 de Dezembro de 2022 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Ocupação em frente à Base de Apoio Regional do Exército da cidade ocorre desde o dia 2 de novembro
Ocupação em frente à Base de Apoio Regional do Exército da cidade ocorre desde o dia 2 de novembro (Crédito: ARQUIVO PESSOAL)

Fé e resiliência é o que motiva milhares de brasileiros e brasileiras em frente aos quartéis de todo o País. Na esperança de conquistar uma administração mais justa e segura, os patriotas, há mais de um mês fora de casa, consagram um enlace fraternal com um único objetivo: o bem coletivo. A luta para o avanço progressivo da nação conta com diversas “mãos”. Enquanto alguns preparam os alimentos nas barracas, outros ajudam na comunicação entre os manifestantes, na segurança das vias ocupadas, no apoio logístico para trazer água e mantimentos.

O grande ensinamento disso tudo é claro para alguns desses guerreiros, a união faz a força. Entre os milhares de municípios que aderiram ao movimento está Sorocaba, que tem a Base de Apoio Regional do Exército, na avenida Roberto Simonsen, no Jardim Santa Rosália, lotada de pessoas. As manifestações pacíficas são formadas por diversos perfis: jovens, adultos, crianças e idosos. Isso porque muitas famílias vão juntas aos atos, o que também é uma característica desses protestos.

Um dos espaços montados na calçada; local onde fica os mantimentos - ARQUIVO PESSOAL
Um dos espaços montados na calçada; local onde fica os mantimentos (crédito: ARQUIVO PESSOAL)

Na linha de frente da organização da manifestação de Santa Rosália está Nelson Ribeiro, de 31 anos. Ele contou ao jornal Cruzeiro do Sul que a ocupação em frente à Base do Exército da cidade ocorre desde o dia 2 de novembro. Desde então, formou-se uma rede de apoio para fornecer alimentos, água potável, banheiros químicos e toda a estrutura necessária para que os patriotas continuem lutando por seus ideais. A comunidade, conforme Nelson, os recebeu bem, tendo em vista que os protestos são feitos de forma organizada e não causam nenhum tipo de transtorno à vizinhança.

“Toda a ajuda que recebemos é de forma voluntária. São doações dos próprios manifestantes e também recebemos algumas itens de pessoas que se sensibilizam com a nossa causa. Aqui, quem tem mão para cozinha, prepara os alimentos. Quem tem o dom para comunicação, nos ajuda com as informações necessárias. A população também nos dá auxílio no dia a dia, De madrugada ficam vários voluntários ajudando na segurança para ninguém se machucar e evitar que ocorra desordem”, contou o organizador.

Muitos voluntários passam à noite em vigília, sempre com tons em verde e amarelo - ARQUIVO PESSOAL
Muitos voluntários passam à noite em vigília, sempre com tons em verde e amarelo (crédito: ARQUIVO PESSOAL)

A batalha, ao contrário do que muitos pensam, está longe do fim. E não se trata de candidato X ou Y, é sobre a dignidade de um povo que luta por um futuro melhor para os seus descendentes. Nelson destacou que, mesmo após 38 dias de acampamento, o número de manifestantes sobe a cada dia. Nos jogos da seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo, inclusive, a concentração nos protestos foi ainda maior, conforme Nelson.

“Vamos lutar até o fim. Não aceitamos isso. Por mais que já tenham tentado nos estremecer, tentado passar com o carro por cima da gente, somos fortes demais para desistir”, finalizou. (Da Redação)

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