O Brasil bem que tentou, mas o hexa ficou para 2026. E se os jogadores lamentaram a derrota no Catar, por aqui não foi diferente. Na praça Coronel Fernando Prestes, no Centro de Sorocaba, a Prefeitura colocou um telão para que os torcedores pudessem acompanhar o jogo das quartas de final da Copa do Mundo. Durante pouco mais de 120 minutos da partida — entre o tempo regularmentar, acréscimos e prorrogação — não faltou animação da torcida na praça, mas ao final do jogo o sentimento foi unânime: tristeza com a eliminação nos pênaltis para a Croácia.

Antes do resultado, a torcida acreditava na vitória e vibrava a cada lance na área do adversário. No primeiro tempo, o gol não saiu de ambos os lados, porém o time comandado por Tite chegava mais próximo ao gol: só faltava a finalização perfeita. O torcedor Daniel di Paula ficou apreensivo durante todo o jogo e não parava de assoprar a “vuvuzela” que levou. Quando o primeiro tempo terminou, a reportagem do Cruzeiro do Sul conversou com ele sobre as expectativas cheias de esperança. “Os primeiros 45 minutos foram bem complicados, mas eu acredito na vitória e em um gol no segundo tempo”, disse ele que foi à praça com mais 30 colegas que trabalham no comércio sorocabano.

O gol do Brasil não chegou no tempo normal (90 minutos), mas sim na primeira parte da prorrogação e toda a apreensão que tomou conta do tempo regulamentar foi trocada por gritos de alegria, emoção, abraços e pulos quando Neymar abriu o placar. Entretanto, a festa da torcida não durou muito, já que a Croácia empatou, levando a disputa para os pênaltis.

E foi aí que cada um chegou mais perto do telão para acompanhar cada cobrança. Depois de 4 gols da Croácia contra 2 do Brasil, os torcedores da praça expressaram a dor da eliminação através de choro, mãos na cabeça e abraços em forma de conforto. Uma das que não esconderam as lágrimas em seu rosto foi a gerente administrativa de 19 anos, Camila Moreira.

Ela gosta e acompanha o futebol de forma geral e tinha o sonho de gritar campeão neste ano. “Estou chorando porque nunca vi o Brasil ser campeão e o Neymar e o Tite — de quem é sou muito fã — mereciam esse título. A classificação ser arrancada da gente no último minuto dói para caramba. A gente merecia a Copa”, contou Camila.

Se para os adultos o resultado foi doloroso, para as crianças não foi diferente. Patrick, de 5 anos, foi com a mãe ao Centro para resolver algumas pendências e aproveitou para acompanhar o jogo. Eliana contou que os dois gostam de futebol e que ficaram bem triste com a derrota. “O Brasil não quis segurar o jogo, faltava só cinco minutos. Estava super nervosa e que pena que não deu certo, mas daqui a quatro anos tem mais”, disse. (Thaís Marcolino)