O reajuste de 50% nos salários do governador, do vice-governador e dos secretários estaduais foi aprovado na sessão ordinária de terça-feira (29) da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). O aumento dos subsídios passaram com 56 votos a favor e seis contra. Três parlamentares da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS) concordam com a medida, que pode gerar um custo estimado de R$ 1,5 bilhão por ano ao Estado, segundo previsão do governador Rodrigo Garcia (PSDB).

O projeto ainda precisa passar pela sanção de Garcia. Se o aumento for efetivado, de fato, passará a valer a partir da próxima legislatura. Maria Lúcia Amary (PSDB), Carlos Cezar e Danilo Balas, do PL -- deputados que se reelegeram nas últimas eleições -- votaram a favor do reajuste.

A única deputada da região que votou contra o aumento foi Mônica Seixas (PSOL). Já o parlamentar Rodrigo Moraes (PL) não votou porque o partido pediu obstrução para debater mais o projeto e adiar a votação, no entanto, a votação obteve o quórum necessário de 48 deputados.

O reajuste concedido foi o dobro da inflação do período, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) -- o último aumento havia sido concedido em março de 2019.

Com a mudança o salário, o salário do governador passa de R$ 23 mil para R$ 34,5 mil a partir de 2023. Os rendimentos do vice-governador passam de R$ 21,9 mil para R$ 32,9 mil e dos secretários estaduais vão de R$ 20,7 mil para R$ 31,1 mil. (Wilma Antunes)