O acusado de matar a menina Heloá dos Santos Pereira, de 11 anos, Elivelton Santos Furtado foi condenado a 33 anos de prisão pelos crimes de homicídio qualificado, estupro de vulnerável, e ocultação de cadáver. Além disso, o réu também recebeu mais uma pena de um ano e quatro meses de detenção pelo crime de vilipêndio a cadáver.

O advogado de defesa do acusado, Éder Fresneda, disse que irá recorrer das sentenças, por meio de recurso que será protocolado no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). O Cruzeiro do Sul também entrou em contato com a família de Heloá, mas não obteve retorno até o momento.

O julgamento ocorreu na manhã desta quarta-feira (30), no Fórum da Comarca de Piedade. O júri popular começou às 9h. Ainda conforme o advogado de defesa, ao todo seriam arroladas oito testemunhas. "Contudo, houve desistências por parte da defesa e da acusação", disse Éder Fresneda.

A defesa do acusado já esperava que se Elivelton fosse condenado por todos os crimes, sendo eles homicídio qualificado, estupro de vulnerável, vilipêndio a cadáver e ocultação de cadáver, a pena pode superar os 25 anos de prisão. O caso está em segredo de Justiça, por esse motivo, a população e a imprensa não puderam acompanhar o julgamento, que terminou por volta das 15h40.

O caso

Heloá desapareceu em 19 de dezembro de 2019, em Piedade. Segundo o boletim de ocorrência, a menina dormia no próprio quarto quando o pai saiu por 30 minutos. Dois dias depois, ela foi encontrada morta dentro de uma fossa, próxima da casa da família, na estrada do Douradinho, na Vila Eraldino, no município de Piedade.

Dois meses após o crime, Elivelton Santos Furtado, vizinho acusado de matar a vítima, foi preso em Tapiraí. Segundo a Polícia Militar, o homem estava caminhando no acostamento da rodovia que liga a cidade a Pilar do Sul por volta do meio-dia. Ao ver uma viatura que passava pelo local, ele tentou pular uma cerca para fugir, mas foi alcançado pelos policiais e reconhecido pelo envolvimento no caso. Na época, ele chegou a confessar o envolvimento na morte da menina. (Da Redação)