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Sorocaba

Procura pela vacina contra a Covid para bebês é pequena

A estimativa é de que cerca de 2 mil crianças sejam vacinadas nesta etapa

23 de Novembro de 2022 às 00:01
Ana Claudia Martins [email protected]
Votorantim foca vacinas atrasadas em crianças
Votorantim foca vacinas atrasadas em crianças (Crédito: Divulgação)

A procura pela vacinação de bebês com comorbidades contra a Covid-19 está baixa em Sorocaba. Segundo a Prefeitura, no primeiro dia de vacinação, na segunda-feira (21), foram aplicadas somente 15 doses em crianças de 6 meses a 2 anos, 11 meses e 29 dias (com comorbidades), que é o público-alvo. A estimativa é que cerca de 2 mil crianças sejam vacinadas nesta etapa.

A reportagem do Cruzeiro do Sul esteve no início da tarde de ontem (22) na Unidade Básica de Saúde (UBS) da Vila Hortência e permaneceu no local por cerca de 30 minutos. Nesse tempo, nenhuma criança do público-alvo foi levada na UBS para tomar a vacina.

As doses disponibilizadas são da Pfizer Pediátrica Baby contra a Covid-19 e estão disponíveis nas 33 UBSs da cidade, de segunda a sexta, das 8h às 16h.

De acordo com a Prefeitura de Sorocaba, embora as demais campanhas de vacinação coincidam com as aplicações contra a Covid-19, as vacinas podem ser administradas de maneira simultânea, sem necessidade de intervalo. Dentre as vacinas disponíveis, estão: Covid-19, Influenza (gripe), Meningocócica C e todas as outras que compõem o Calendário Nacional de Vacinação.

As Sociedades Brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) apoiam e reforçam a inclusão, pelo Ministério da Saúde, no Programa Nacional de Imunizações (PNI) de vacinas Covid-19 para todas as crianças a partir de 6 meses de idade. Os especialistas lembram que já existe imunizante licenciado e aprovado há cerca de dois meses pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para uso em crianças de 6 meses a 4 anos.

Para os especialistas, a vacinação, especialmente neste momento de aumento de circulação viral, é fundamental por conta do iminente risco da Covid-19 na população pediátrica”, alertam.

“A vacinação para a faixa etária dos bebês e crianças menores é mais um importante passo que damos na luta para o fim da pandemia. Com a ampliação da imunização para esse grupo, poderemos não só reduzir o risco de hospitalização e morte, como também reduzir as complicações que essa doença pode trazer nessa faixa etária. Além, claro, de diminuir ainda mais a chance da circulação do vírus”, disse Adriana Polycarpo Ribeiro, diretora médica da Pfizer Brasil.

Documentos

As vacinas serão aplicadas mediante apresentação de RG, CPF e comprovante de vacinação da dose já recebida. No caso de crianças com comorbidades e de pessoas com alto grau de imunossupressão, é necessário apresentar também laudo médico.

No ato da imunização, as crianças precisam estar acompanhadas dos pais ou responsáveis e portando a Carteirinha de Vacinação, o documento de identidade e o CPF ou Cartão do SUS, todos estes documentos da própria criança. Os pais ou responsáveis de crianças com comorbidades ou deficiências devem apresentar igualmente um comprovante da condição de risco delas.

Estimativa

O governo estadual informou que recebeu, neste mês, 206 mil doses do imunizante da Pfizer, que serão utilizados em crianças de 6 meses a 2 anos e 11 meses com comorbidade. As vacinas já foram distribuídas para todos os municípios. A população de crianças de 6 meses a 2 anos no Estado de São Paulo é de 1,3 milhão e estima-se que cerca de 195 mil possuam pelo menos uma comorbidade.

Considerando a necessidade de três doses do imunizante, o governo paulista havia solicitado ao Ministério da Saúde 615 mil doses. “Com o quantitativo enviado, será possível apenas imunizar 68 mil crianças. A pasta estadual segue cobrando envio de novas doses para atender toda a população elegível”, destacou.

O Estado reforçou a importância da população procurar os postos de vacinação para tomar as doses de reforço contra a Covid-19, que evitam casos mais graves da doença. A quantidade de pessoas aptas a tomar a primeira e a segunda dose adicional do imunizante, mas que ainda não o fizeram, totalizam, respectivamente, 9 e 7 milhões no Estado. (Ana Claudia Martins)

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