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Economia

Arrecadação de impostos em 2022 já passa dos R$ 942 milhões em Sorocaba

O valor é a soma dos impostos municipais, estaduais e federais já pagos pelos contribuintes sorocabanos durante o ano

22 de Novembro de 2022 às 15:48
Ana Claudia Martins [email protected]
Foto aérea de Sorocaba
Foto aérea de Sorocaba (Crédito: ZAQUEU PROENÇA / SECOM SOROCABA)

Desde 1º de janeiro de 2022 até a tarde da última segunda-feira (21), Sorocaba já arrecadou no total R$ 942.298 milhões em impostos pagos pelos contribuintes aos governos federal, estadual e municipal. A quantia é 11,40% (R$ 96.502) a mais do que o total arrecado no mesmo período de 2021, ou seja, de 1º de janeiro de 2021 até 21 de novembro do ano passado, quando o montante chegou a R$ 845.796 milhões. Os dados são calculados pelo Impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), e entram na contabilidade tributos, taxas e contribuições, incluindo multas.

Já em todo o ano passado, no total, a cidade arrecadou somente em impostos R$ 960.098.047,98. O valor, no entanto, é 1,88% (R$ 17,8 milhões) maior do que o total arrecadado até o momento. A expectativa é que o total de arrecadação em impostos de Sorocaba até o fim de 2022 seja ultrapassado pelo atual valor, que até às 15h34 de ontem era de R$ 942.298 milhões, visto que o montante é atualizado a todo momento.

Outro aspecto que reforça a estimativa de que o total a arrecadação de impostos municipais, estaduais e federais pagos pelos contribuintes sorocabanos devem ultrapassar a marca de mais de 1 bilhão em 2022, e que em 2020, em plena a pandemia da Covid-19, o montante ultrapassou a marca e somou: R$ 1.407.275.919,56.

Porém, um ano antes, em 2019, o valor total arrecado em impostos pela cidade no total foi de a R$ 904.217.272,32. O valor já superado nos últimos anos (2020, 2021 e 2022).

De acordo com o Impostômetro, na soma entram os valores pagos pelos contribuintes sorocabanos de impostos municipais como Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto Sobre Serviços (ISS), Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), taxas e outros. Já em relação aos tributos estaduais entram na conta: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores (IPVA), Previdência, e taxas, entre outros.

E os federais são: Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE), Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS), Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), Imposto de Renda (IR), Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), PIS/Pasep, taxes, e outros.

Já a arrecadação total do estado de São Paulo até a tarde de ontem era de R$ 906,3 bilhões, o que representa 37,39% do total da arrecadação no Brasil. Segundo o Impostômetro, no total, até a tarde de ontem, a arrecadação no país chegou a R$ 2,5 trilhões.

Arrecadação aumentou no Brasil

A arrecadação com os impostos pagos pelos contribuintes brasileiros aos governos federal, estaduais e municipais desde o início do ano também aumentou em 2022. Conforme os dados do Impostômetro, a marca de R$ 2,5 trilhões foi alcançada com 40 dias de antecedência na comparação com 2021, quando o mesmo montante foi atingido apenas no dia 20 de dezembro, a cinco dias do Natal.

Para o economista da ACSP, Marcel Solimeo, os dados mostram um crescimento da ordem de 11% na arrecadação total. Ele avalia, ainda, que a arrecadação seria maior se não tivesse ocorrido, nos últimos meses, a redução das alíquotas dos tributos sobre energia, telecomunicações e combustíveis, que têm peso relevante na receita dos estados.

“A antecipação do montante está relacionada aos efeitos da inflação, uma vez que os tributos indiretos, tais como ICMS, incidem sobre o preço final. Além disso, esse resultado também se explica por fatores como a recuperação da atividade econômica e bons resultados de grandes empresas”, ressalta Solimeo.

Ele afirma ainda que “o maior crescimento da arrecadação ocorreu na esfera do governo federal, que fica com cerca de 66% da tributação total, embora redistribua parcela dessa receita para estados e municípios”. “Além da carga tributária da ordem de 40% do Produto Interno Bruto (PIB), muito elevada para um país emergente como o nosso, onde os contribuintes têm ainda um alto custo para pagar os tributos, além de se sujeitar a multas, devido à complexidade da tributação. Precisamos ficar atentos para que o novo governo, a pretexto de simplificação, ou de corrigir distorções, acabe por aumentar a carga tributária”, destaca Solimeo.

Retorno do imposto pago

Segundo o ranking do Índice de Retorno e Bem Estar Social (IRBES), os oito países em que os impostos trazem mais bem-estar à sociedade são: Irlanda, EUA, Suíça, Coréia do Sul, Austrália, Japão, Canadá e Israel. Já o Brasil aparece na 30ª posição.

Conforme o Impostômetro, em 2021, o brasileiro trabalhou 149 dias somente para pagar impostos. Nos anos anteriores foi um pouco mais: 151 (2020) e 153 (2019, 2018, 2017 e 2016). (Da Redação)