Outubro Rosa
Prevenção é a melhor forma de combater o câncer de mama, afirma ginecologista
A chance de cura, quando se descobre a doença em estágio inicial, é de até 90%
O câncer de mama é a neoplasia maligna mais incidente em mulheres na maior parte do mundo com aproximadamente 2,3 milhões de casos novos estimados em 2020, o que representa 24,5% dos casos novos por câncer em mulheres, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer. Uma campanha muito conhecida, mobiliza muitas pessoas e instituições no mundo. Mas, quantas vezes você, mulher, já foi a uma visita de rotina a um ginecologista?
No Brasil existem divergências sobre quando começar o rastreamento da população. De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, o indicado é o rastreamento entre 40 anos, já o Ministério da Saúde, orienta entre 50 anos a cada dois anos, entretanto, para pacientes que estão no grupo de risco, o exame deve ser feito a partir de 35. Atualmente o autoexame não é recomendado como técnica de rastreamento, mas ainda é importante na conscientização das mulheres sobre a detecção de sintomas e sinais precocemente.
Muitos casos de pessoas que venceram o câncer aconteceram porque o diagnóstico chegou em tempo. A chance de cura, quando se descobre a doença em estágio inicial, é de até 90%. Para a ginecologista Dra. Carolina Sanches Battaglini, “a postura atenta das mulheres em relação à saúde das mamas, é fundamental para a detecção precoce da doença”.
O câncer de mama é o segundo tipo que mais acomete mulheres no Brasil, ficando atrás apenas dos tumores de pele não melanoma e sendo também o que mais mata. O movimento mundial de conscientização para o combate do câncer de mama, o “Outubro Rosa”, foi criado em 1990, pela Fundação Susan G. Komen for the Cure. A data é celebrada anualmente, com o intuito de compartilhar informações e conscientizar a população sobre esse mal tão sério.
Para a especialista, a mulher é o principal fator de risco, e a chance aumenta com a idade, sendo 7 vezes maior após os 50 anos, e até 15 vezes maior após os 70 anos. Dra. Carolina, ainda faz um alerta, os cuidados não devem ficar apenas quando se fala da campanha. “Comentar sobre o tema durante o mês de outubro é muito importante, mas é essencial falar sobre saúde feminina em todas as épocas do ano”. Prevenção nunca é demais.
Após o diagnóstico, o tratamento é feito de acordo com o estágio em que a doença se encontra. “O médico vai definir como cuidar, após ter todos exames em mãos com os tratamentos necessários”. Ao sinal de qualquer alteração nas mamas, deve-se procurar ajuda médica. “São considerados sinais e sintomas suspeitos: nódulos mamários endurecidos e fixos ou que aumentaram de tamanho, descarga papilar, sangue lento unilateral, retração de pele, alteração no formato do mamilo, alteração da pele, e presença de linfonodo axilar suspeito”, explica.
Além disso, a doença pode ter seu surgimento potencializado por outros fatores, tais como: consumo excessivo de álcool, obesidade, tabagismo, sedentarismo, estresse, dentre outros. “É importante destacar que o objetivo dessa campanha é atentar a população feminina aos cuidados preventivos que são necessários, dar acesso à informação em saúde e promover ações em saúde coletiva”, alerta a ginecologista.
O mês de outubro passa a convocar as mulheres a procurarem os serviços e os profissionais da saúde que possam direcionar, de acordo com a faixa etária e o histórico pessoal/familiar, o melhor seguimento individual “, finaliza. (Da redação)