Sorocaba
Vereadores ‘falam’ sobre aumento de salário
Cruzeiro procurou todos os parlamentares ontem e também perguntou a respeito da criação de 5 vagas
O jornal Cruzeiro do Sul questionou os vinte vereadores de Sorocaba sobre dois temas que chamaram atenção e repercutiram na cidade no fim desta semana. Um dos assuntos abordados foi o projeto de resolução que tramita na Câmara para aumentar o salário dos vereadores em 52%. Se for aprovado, o subsídio de 19 parlamentares, que atualmente é de R$ 11.838 mensais, subiria para R$ 18 mil. Já o valor pago ao presidente da Casa de Leis, atualmente em R$ 13.705, passaria para R$ 18.900. A proposta foi protocolada no dia 19 de outubro, e prevê que a atualização do pagamento seja feita a partir da próxima legislatura, entre 2025 e 2028. A estimativa é que, caso esse projeto seja aprovado, o custo do Legislativo com salários passaria a R$ 2.321.741,76 por ano.
A solicitação do projeto foi feita pela Mesa Diretora -- composta pelo presidente Cláudio Sorocaba (PL) e pelos vereadores Fausto Peres (Podemos), Cícero João (PSD), João Donizeti (PSDB), Luis Santos, Fábio Simoa e Silvano Júnior, do Republicanos -- e recebeu parecer favorável das comissões permanentes, já podendo ser incluída em pautas nas próximas sessões. O documento prevê também a inclusão do 13º salário para os parlamentares.
Como justificativa, a Mesa Diretora diz que a fixação do subsídio para os vereadores pode equivaler a 75% do valor pago aos deputados estaduais. A última atualização para os deputados do Estado de São Paulo definiu valor de R$ 25.322,25. O órgão ainda fez comparações com os salários pagos a secretários municipais, R$ 17.617,80; e ao do prefeito R$ 29.363,01.
Os representantes da Câmara de Sorocaba também foram questionados sobre a ampliação no número de vereadores na cidade, a partir da próxima legislatura. Com a aprovação, ao invés de vinte, 25 parlamentares ocupariam as cadeiras do Legislativo. O projeto de emenda à Lei Orgânica também é da Mesa Diretora e já tem parecer favorável das comissões. O tema está liberado para entrar em votação na próxima terça-feira (25).
O Poder Legislativo informou ao Cruzeiro do Sul que a Mesa Diretora da Câmara apresentou os projetos citados para “adequar a situação do Legislativo local às normas constitucionais de representação popular, tendo em vista a defasagem de mais de mais de 18 anos da atualização do número de vereadores e de mais de uma década da remuneração”. (Da Redação)
Confira a opinião de cada um dos 20 vereadores da atual legislatura
Ítalo Moreira (PSC)
“Meu voto será não. Seguirei honrando o compromisso que assumi no início do mandato, com o Movimento Brasil Livre (MBL) e meus eleitores, votando sempre contra o aumento de cargos, salários, benefícios, impostos, etc.”
Fernando Dini (MDB)
A assessoria do parlamentar informou que o vereador ainda não recebeu e nem apreciou o projeto. Por isso prefere deixar para se manifestar em outro momento.
Cristiano Passos (Republicanos)
A assessoria do parlamentar informou que o vereador só irá se pronunciar no dia da próxima sessão, terça-feira (25).
Dylan Dantas (PSC)
“Recebi os projetos recentemente e estou estudando as justificativas”.
Silvano Junior (Republicanos)
Não retornou.
Cicero João (PSD)
Não retornou.
Fabio Simoa (Republicanos)
Não retornou.
Fausto Peres (Podemos)
Não retornou.
Fernanda Garcia (Psol)
Não retornou.
Francisco França (PT)
Não retornou.
Cláudio Sorocaba (PL)
Não retornou.
Hélio Brasileiro (PSDB)
Não retornou.
Iara Bernardi (PT)
Não retornou.
João Donizeti (PSDB)
Não retornou
Vinicius Aith (PRTB)
Não retornou.
Luis Santos (Republicanos)
Não retornou.
Perícles Régis (Podemos)
“O vereador é o fiscal do uso do dinheiro público e deve trabalhar na construção de políticas públicas que favoreçam melhorias na vida das pessoas. É dessa maneira que vejo e norteio meu mandato, como uma função de extremo compromisso com a cidade e cuja remuneração deve ser compatível com a responsabilidade que o cargo carrega. A meu ver, a adição de mais cadeiras na Câmara irá ampliar a representação para a população sorocabana, com aprofundamento no debate de ideias e, principalmente, mais fiscalização no uso do orçamento público por parte do Poder Executivo, que é a função primordial do vereador. É importante compreender que o Legislativo é um poder independente e que é sua obrigação manter a autonomia em relação aos outros poderes.”
Rodrigo do Treviso (União Brasil)
Não retornou.
Salatiel Hergesel (PDT)
Assessoria do parlamentar disse que não tinha como responder ontem, porque não iria ver o vereador.
Vitão do Cachorrão (Republicanos)
Não retornou
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