Comércio exterior
Exportações sorocabanas aumentam 58%
Em dólar, as vendas ao exterior saltaram de US$ 1,53 bilhão para US$ 2,43 bilhões no período de nove meses
As exportações da região de Sorocaba tiveram aumento de 58,9% de janeiro a setembro de 2022 na comparação com o mesmo período do ano passado. No período analisado, as exportações saltaram de US$ 1,53 bilhão para US$ 2,43 bilhões. Na cotação da moeda americana de ontem (21), com o a R$ 5,18, o montante passou de R$ 7,94 bilhões para R$ 12,62 bilhões. O aumento nas exportações também tem gerado vagas de empregos na cidade, justamente para atender a demanda das empresas exportadoras da região.
De acordo com a pesquisa, os principais produtos exportados foram automóveis e tratores (41,5%), máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos (17,7%) e alumínio e suas obras (5,6%). Os principais destinos das exportações de Sorocaba foram Argentina (33%), Estados Unidos (10,6%) e Chile (6,5%).
O levantamento das exportações da Regional Sorocaba do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) engloba 48 cidades assistidas. A pesquisa é feita e divulgada pelo Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em parceria com o Ciesp.
O aumento das exportações na região de Sorocaba tem reflexo também na geração de empregos. Um exemplo é a Aurora Eadi, empresa que atua na logística integrada e nos setores de armazém alfandegado, com anuência da Anvisa, além de armazém geral e transportes. Localizado em Sorocaba, o terminal tem fácil acesso às principais rodovias estaduais, assim como posição privilegiada em relação aos principais aeroportos do Estado de São Paulo, além do Porto de Santos.
E, justamente para atender o aumento nas exportações, a empresa tem feito contratações. A empresa já admitiu 55 colaboradores em 2022, sendo 26 deles nos últimos três meses, e continua contratando: está com uma vaga aberta para executivo de contas.
“As admissões foram necessárias para atender à alta demanda de alguns clientes multinacionais que ampliaram seus processos com a Aurora, confirmando a tendência de alta também nas exportações da região de Sorocaba”, ressalta a empresa.
Regional Sorocaba é destaque
No mesmo período analisado, comparando as exportações da Regional Sorocaba com as cinco de mesmo porte, as cidades da região de Sorocaba foram as que tiveram o maior aumento nas exportações. Segundo o levantamento, a Regional Sorocaba (58,9%) ficou em primeiro lugar, seguido das regionais Santo André (50,2%), Osasco (29,4%), Ribeirão Preto (28%), São José dos Campos (23,8%) e São Bernardo do Campo (23,3%).
Para o diretor titular do Ciesp Sorocaba, Erly Domingues de Syllos, os números representam um ótimo momento da indústria regional. “A parceria entre o Poder Público e a iniciativa privada, para a desburocratização no momento em que se vai abrir um novo negócio na cidade, é fundamental nesse sentido, ao lado dos incentivos fiscais oferecidos. Essas ações incentivam os proprietários de empresas e geram mais empregos e renda a todos”, disse.
O secretário de Desenvolvimento Econômico Trabalho e Turismo (Sedettur) de Sorocaba, Paulo Henrique Marcelo, falou que os resultados têm relação direta com a confiança depositada pelas empresas na cidade e região. “Devido aos números positivos de Sorocaba e região em áreas como empregabilidade, importação e exportação, nos destacamos em âmbito nacional e, consequentemente, empresários passaram a migrar para a nossa região, aquecendo, ainda mais, o mercado regional e gerando novos empregos e renda”, afirmou.
Importações aumentaram 33,2%
As importações da região de Sorocaba somaram US$ 3,56 bilhões, o que significa um crescimento de 33,2% frente ao mesmo período do ano passado. Elas foram de US$ 2,67 bilhões (R$ 13,86 bilhões) para US$ 3,56 bilhões (R$ 18,46 bilhões).
As importações da microrregião de Sorocaba se concentraram em máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos (24,8%), produtos químicos orgânicos (20,1%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (15,1%). Por sua vez, as compras da regional tiveram como principais origens China (28%), Japão (13,7%) e Índia (8,8%). (Ana Claudia Martins)