Região Metropolitana
Sorocaba lidera ranking de ligações clandestinas na região em 2022
As ligações clandestinas registradas na cidade em 2022 já superam o total registrado em todo o ano passado

Sorocaba lidera ranking de ligações clandestinas na região de cobertura da CPFL Piratininga nos oito primeiros meses do ano. Segundo dados da própria empresa, o total de ligações clandestinas, popularmente chamadas de “gatos”, em 2022 já superaram o total registrado em todo o ano passado, registrando um aumento de 19,82%. Os dados passaram de 1730 em 2021 para 2073 até agosto deste ano. A CPFL Piratininga informa que conseguiu reduzir as fraudes na rede elétrica em 20%, após investimentos com caixas blindadas, conjuntos de medições, medidores inteligentes e ações de inspeções.
Ainda de acordo com os dados, na região de Sorocaba, entre as cidades com mais fraudes encontradas nos oito primeiros meses de 2022, depois de Sorocaba lideram o ranking Votorantim (481), Salto (437), Boituva (409), Itu (385), São Roque (360), Iperó (323), Salto de Pirapora (206), Ibiúna (179), Araçoiaba da Serra (174), Porto Feliz (161), Mairinque (148).
Em Votorantim também houve aumento nos casos no mesmo período analisado de 12,12%. As ligações clandestinas passaram de 429 no total em 2021 para 481 até agosto de 2022. Em Salto de Pirapora também aumentou de 112 para 206. O mesmo ocorreu em Araçoiaba da Serra cujos “gatos” subiram de 147 para 174.
Por outro lado, nas demais cidades da região houve queda na comparação dos dados no mesmo período. Em Porto Feliz, por exemplo, as ligações clandestinas passaram de 661 para 161. Nos demais municípios, as quedas foram as seguintes: Boituva de 576 para 409; São Roque de 441 para 360; Iperó de 593 para 323; Ibiúna de 269 para 179; Mairinque de 235 para 148; Salto de 450 para 437, e Itu de 515 para 148.
Lembrando que na divisão da CPFL Piratininga, a empresa coloca Salto e Itu como região de Jundiaí. “A CPFL Piratininga regularizou mais de 6 mil ligações clandestinas na região de Sorocaba e Jundiaí de janeiro a agosto de 2022”, informa. No mesmo período, a empresa informa que identificou e regularizou 6.673 ligações clandestinas em 22 cidades que contemplam as regiões de Sorocaba e Jundiaí.
“O número foi 20% menor que o mesmo período de 2021, quando a empresa encontrou 8.374 fraudes, graças aos investimentos da empresa para que os casos não se tornassem reincidentes”, ressalta a CPFL.
A empresa alerta ainda que, por uma questão de segurança da população, além de instabilidade no fornecimento de energia e perda de arrecadação de impostos importantes para manter serviços públicos no município, a empresa investe fortemente para melhorar os índices de energia fraudada em suas cidades de atuação.
Além de deixar a conta mais cara porque a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reconhece a fraude como uma ‘perda comercial‘, e parte deste valor compõe a tarifa de energia, a CPFL ressalta que furto de energia é crime, pode trazer riscos à segurança das pessoas e prejudica diretamente a população com instabilidade no fornecimento de energia.
Além disso, a pessoa que for flagrada cometendo a irregularidade terá os valores cobrados retroativos referentes ao período em que deixou de pagar pelo fornecimento.
Ações para minimizar os furtos
O gerente de Recuperação de Energia da CPFL, Victor Rios Silva, disse que entre as ações da companhia para minimizar os impactos do furto de energia, está a instalação de caixas blindadas que permitem apenas o acesso de técnicos da CPFL e possuem medidores inteligentes, com o consumo lido de maneira digital, à distância.
“Assim, a empresa evita a reincidência da irregularidade, diminui o número de inspeções necessárias e, por consequência, de regularização. O resultado é fruto de uma estratégia de longo prazo e faz parte do trabalho contínuo da empresa, com investimentos em novas tecnologias, treinamento de equipes e processo de monitoramento e análise”, afirma.
Além das caixas blindadas, a empresa também investe em inteligência artificial e sistemas com geração de alarmes para direcionamento de inspeções, para um melhor resultado no trabalho da distribuidora em seus processos de monitoramento e análise. “Deste modo, a companhia consegue preventivamente identificar possíveis variações no consumo de energia que indiquem perdas comerciais. Além dos investimentos em processos, o grupo também trabalha em conjunto com os órgãos públicos e as autoridades policiais para coibir a prática de fraudes e furtos”, diz Silva.
As pessoas podem denunciar, de forma sigilosa, as ligações clandestinas, por meio dos canais disponibilizados pela concessionária. Denúncias podem ser realizadas pelo aplicativo “CPFL Energia”, disponível para todas as plataformas de dispositivos móveis, pelo site www.cpfl.com.br/fraude, ou pelo e-mail [email protected]. (Da Redação)