Na tarde de ontem (14) foi realizada mais uma ação da “Operação Ferro-velho” em dois estabelecimentos. Um deles, localizado na zona oeste, foi autuado por acúmulo de água parada de chuva em materiais. O outro estabelecimento na zona leste foi intimado pelo mesmo motivo, segundo a Prefeitura de Sorocaba. Ambos tiveram que encerrar as atividades, devido à falta da licença necessária e só poderão voltar a funcionar após regularizar a situação.

Do início do ano até agora foram fiscalizados 107 estabelecimentos em todas as regiões da cidade. O objetivo é inibir, de forma preventiva, casos de receptação de materiais sem procedência, assim como checar denúncias e identificar possíveis ocorrências nos âmbitos criminal e administrativo.

“As operações têm sido muito importantes, tendo sido intensificadas em 2022. Os pontos vistoriados são definidos a partir de levantamento de informações dos setores da Prefeitura, da GCM e da Polícia, bem como de denúncias recebidas”, explicou Juliana Graziele Lopes Souza, chefe da Seção de Fiscalização da Secretaria de Urbanismo e Licenciamento (Seurb).

Balanço

A prefeitura informou que dos 107 ferros-velhos fiscalizados somente em 2022, 50 estão na zona norte, 35 na oeste e 22 na leste, enquanto na zona sul e no Centro não há constatação desse tipo de comércio. Ao todo, de janeiro deste ano até o momento, 49 ferros-velhos foram notificados pelo Setor de Fiscalização, 10 foram multados devido a irregularidades.

Durante essas operações, 70 pessoas foram abordadas pelas forças de segurança pública, sendo que seis delas, responsáveis por esses estabelecimentos, foram encaminhadas à Delegacia de Polícia, para averiguação. Houve três pessoas presas, duas delas indiciadas por receptação de materiais furtados e uma, que estava foragida da Justiça.

Além disso, os agentes de Zoonoses emitiram 23 intimações, sendo 17 autuações por acúmulo de lixo, inservíveis e armazenamento inadequado de recicláveis. Vários desses materiais apresentavam água parada, sendo potenciais criadouros de mosquitos transmissores de doenças.

Mais de 200 quilos de fiação de cobre e outros objetos de furto foram recolhidos, como luminárias públicas e fiação de rede telefônica, tampa de bueiro, tubulações, além de uma ave em cativeiro, entre outros materiais suspeitos, como ferramentas, contêineres da coleta pública de lixo e carrinhos de supermercado, os quais foram devolvidos aos respectivos proprietários e registradas ocorrências na Polícia Civil para investigação.

Ainda, há casos em que são encontrados produtos de procedência duvidosa, mas impossível de serem identificados como ilícitos. Nessas situações específicas, os proprietários são advertidos quanto aos riscos envolvidos no comércio desses produtos, cujo vendedor e o comprador podem ser responsabilizados pelos crimes de furto qualificado e receptação, respectivamente.

Para fazer uma denúncia a esse respeito é possível entrar em contato pelo telefone 156 ou pelo WhatsApp da Ouvidoria Geral do Município pelo (15) 99129-2426. (Da Redação)