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Saúde

16% ignoram doenças controladas, diz pesquisa

11 de Setembro de 2022 às 00:01
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Brasil não registra casos da poliomielite desde 1989, mas sem vacina doença pode voltar
Brasil não registra casos da poliomielite desde 1989, mas sem vacina doença pode voltar (Crédito: TOMAZ SILVA / AGÊNCIA BRASIL)

Pesquisa divulgada durante a 24ª Jornada Nacional de Imunizações, encerrada ontem (10) no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, revelou que 16% dos brasileiros consideram desnecessário aplicar nos filhos vacinas contra doenças que já não circulam mais no País. O dado consta do Inquérito de Cobertura Vacinal das crianças nascidas em 2017 e 2018. Para o inquérito foram realizadas mais de 38 mil entrevistas.

Embora seja aparentemente pequeno em relação à amostra, o número gera preocupação entre especialistas, já que o Brasil vem deixando de cumprir as metas de coberturas vacinais e apresenta queda nos números de vacinação desde 2015. Sem o cumprimento das metas, aumentam as chances de o Brasil voltar a apresentar doenças que, até então, eram consideradas eliminadas ou controladas, como a poliomielite.

Como o Brasil não registra casos da poliomielite desde 1989, muita gente pensa, equivocadamente, que não é mais necessário vacinar-se contra a doença. O que ocorre, no entanto, é que, quanto menos pessoas se vacinam, mais aumenta o risco de a doença voltar a se desenvolver no país. Foi o caso do sarampo, por exemplo. O Brasil recebeu o certificado de eliminação da doença em 2016, mas três anos depois, com baixa cobertura vacinal, o país perdeu o reconhecimento por não conseguir controlar um surto de sarampo, que se espalhou por diversos estados.

A pesquisa demonstrou ainda que um pequeno número de pessoas (cerca de 3% dos entrevistados) resolveu não levar os filhos para receber uma ou mais vacinas. Desse total, 24,5% informaram que não o fizeram por causa da pandemia de Covid-19, ou por medo da reação às vacinas (24,4%). (Da Redação, com informações da Agência Brasil)