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Cruzeiro participa de mostra em Portugal a partir deste domingo (11)

Exposição "Jornais Centenários do Brasil e Portugal: Um Legado Cultural" será aberta na cidade de Alcáçovas

10 de Setembro de 2022 às 00:01
Virginia Kleinhappel Valio [email protected]
Exposição já passou por Recife (PE), em 2019, e por São Luís (MA), em 2021
Exposição já passou por Recife (PE), em 2019, e por São Luís (MA), em 2021 (Crédito: Divulgação)

Em comemoração aos 200 anos da Independência do Brasil, a exposição “Jornais Centenários do Brasil e Portugal: Um Legado Cultural”, com curadoria de João Palmeiro e Múcio Aguiar Neto, chega neste domingo (11) ao Paço dos Henriques, na cidade de Alcáçovas, em Portugal. A mostra, da qual o jornal Cruzeiro do Sul faz parte, foi criada em 2018 e passou a ser luso-brasileira em 2019.

Hoje, a exposição conta com 57 publicações - sendo 19 brasileiras - editadas, ininterruptamente, há mais de 100 anos. Segundo o curador Múcio Aguiar Neto, esse é um dos critérios da exposição. “Todos os jornais continuam sendo impressos e são centenários”, explica. Antes de chegar à cidade portuguesa, a mostra passou por Recife, em 2019, e por São Luís, em 2021. O centenário jornal Cruzeiro do Sul esteve exposto em ambas as edições.

Para Hélio Sola Aro, presidente do Conselho de Administração da Fundação Ubaldino do Amaral (FUA), mantenedora do jornal Cruzeiro do Sul e do Colégio Politécnico de Sorocaba, além de levar informação há mais de 100 anos aos moradores de Sorocaba e região, a exposição é uma oportunidade de mostrar a marca e o conceito do jornal também em Portugal. “É uma grande honra para nosso centenário jornal Cruzeiro do Sul, fundado em 1903, fazer parte dessa exposição que agora chega a outro continente. Temos a certeza de que o jornal Cruzeiro do Sul não foi lembrado somente por ter ultrapassado a marca de 100 anos, mas, com certeza, pelo valor e compromissos que sempre tivemos com a notícia, séria e comprometida.”

Cruzeiro do Sul, o centenário jornal de Sorocaba - DIVULGAÇÃO
Cruzeiro do Sul, o centenário jornal de Sorocaba (crédito: DIVULGAÇÃO)

Hélio Sola Aro disse que esse é mais um reconhecimento que as sementes plantadas pelos instituidores, há 58 anos, até hoje nos garantem bons frutos que são colhidos, diariamente, com o trabalho voluntário dos administradores que estão à frente do jornal. “A presença do jornal Cruzeiro do Sul nessa mostra, extrapolando fronteiras, levando o nome de Sorocaba com força e vigor é, sem dúvida, um momento de alegria que queremos dividir com todos. Funcionários, parceiros, assinantes, conselheiros e diretores que ajudaram a construir essa história. O que se imprime nas páginas do jornal e também se publica nas redes sociais oficiais vem de mãos valorosas e comprometidas com a notícia. Um jornal antenado e atualizado, com princípios sólidos da família, o bem maior da sociedade”.

Quem teve a oportunidade de ver o crescimento e as histórias publicadas no jornal Cruzeiro do Sul é Laelso Rodrigues, membro do Conselho de Administração da FUA. Ele teve a satisfação de acompanhar muitos acontecimentos históricos publicados pelo jornal. “Para nós, é uma honra participar desse movimento que mostra a história do jornalismo e dos jornais centenários. Nós nos sentimos honrados em sermos lembrados para participar de uma exposição tão importante como a levada a Portugal”.

Como será a exposição

No Paço dos Henriques, em Portugal, as pessoas serão levadas a uma viagem no tempo e na história dos dois países, por meio de fotos das capas dos jornais, com reportagens dos acontecimentos mais importantes, como crises, guerras e descobertas e que tiveram lugar nos dois lados do Atlântico.

A exposição traz dois séculos de histórias do Diário de Pernambuco, fundado em 7 de novembro de 1825, e do jornal mais antigo de língua portuguesa, “O Açoriano”, fundado em 18 de abril de 1835, em São Miguel, nos Açores, o mais antigo de Portugal.

Além dos jornais, a mostra revela ainda retratos fotográficos de 22 personalidades do mundo da cultura e do jornalismo, como o trabalho do fotógrafo e escritor português Mestre António Homem Cardoso e seus retratos de pessoas de destaque, como o escritor José Saramago.

O curador da mostra e presidente da Associação Portuguesa de Imprensa (APImprensa), João Palmeiro, alerta para a necessidade de salvaguardar a qualidade de algumas cópias desses jornais centenários que serão expostos. “Para podermos começar a fazer a recuperação desses jornais, temos já um acordo com a Universidade Federal de Pernambuco e com a Universidade de Aveiro, que utilizarão inteligência artificial e um determinado algoritmo, para conseguirem reescrever as notícias, entretanto, desaparecidas do papel”, explica.

A mostra ficará aberta ao público até abril de 2023 e pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 10h às 13h e das 14h às 18h. (Virginia Kleinhappel Valio)

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