Casa a casa
Casos de dengue são registrados em clima atípico em Sorocaba
Normalmente, doença aumentava no calor, diferente do que está ocorrendo
Sorocaba registra aumento de casos de dengue nessa época do ano, que é mais seca e fria. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SES) até 1º de setembro foram 1.081 casos de dengue, sendo 971 autóctones - originários na localidade que se manifesta - e 110 importados. Além disso, neste ano, foi confirmada na cidade uma morte devido à doença.
Contudo, até março, segundo dados divulgados pelo jornal Cruzeiro do Sul sobre casos confirmados na cidade, eram 59 casos de dengue, sendo 46 autóctones e 13 importados. E não havia nenhum óbito confirmado ou em investigação. Ou seja, o número aumentou principalmente no período de temperaturas mais baixas.
As regiões mais afetadas estão na zona oeste e leste da cidade. Mas o problema não estaria nas ações de prevenção da população já que, segundo a SES, 231.295 imóveis foram vistoriados preventivamente pelo programa “casa a casa”. A iniciativa consiste na visitação dos imóveis, com o intuito de prevenir e combater a infestação do vetor pela remoção e/ou tratamento de possíveis criadouros do mosquito transmissor, além da conscientização e orientação da população.
“Essas visitas têm o objetivo de bloquear a transmissão das doenças, por meio da redução da infestação do vetor, remoção e/ou tratamento de possíveis criadouros, orientação da população sobre sinais e sintomas das doenças e formas de prevenção e, ainda, buscar identificar novos casos das doenças”, afirmou por meio de nota a secretaria. Outra ação complementar à atividade de bloqueio que estaria sendo realizada é a aplicação de veneno, conhecida como “nebulização”.
Esse trabalho visa diminuir a infestação de mosquitos adultos possivelmente infectados. A aplicação de veneno só pode ser realizada quando há constatação de um caso positivo ou suspeito na região delimitada, ou seja, não pode ser realizada de forma rotineira. O uso do veneno deve ser feito com critério técnico, para se evitar danos ao meio ambiente e resistência do Aedes aegypti ao princípio ativo.
Recomendações
A recomendação para eliminar possíveis larvas do mosquito Aedes é manter as lixeiras tampadas, com os sacos plásticos bem fechados. “Pneus secos devem ser guardados em local coberto. Garrafas, frascos, potes, latas vazias e baldes descartáveis devem ser colocados no lixo vazios e virados de boca para baixo, igualmente em local coberto. Manter ralos com pouco uso fechados, além de depositar uma colher de detergente ou sabão em pó e repetir esse tratamento após cada chuva ou ao lavar o quintal”, orientou o poder público.
Questionada, a Prefeitura de Sorocaba informa que “vem intensificando os trabalhos preventivos e realiza uma atividade de força-tarefa, que conta com três caminhões para a retirada de materiais que possam acumular água e serem potenciais criadouros do mosquito”. (Inaiê Mendonça - programa de estágio)