O prefeito de Itu, Guilherme Gazzola (PL), anunciou na sexta-feira (2) a retirada de 33 funcionários da administração municipal que estavam cedidos à Polícia Civil. Agora, esses mesmos servidores serão realocados em suas secretarias de origem. Nenhuma informação sobre essa iniciativa foi publicada no Diário Oficial do Município até o fechamento desta edição.

Os motivos para a decisão, conforme o prefeito informou à imprensa local, seriam “necessidades administrativas”. A medida está prevista para entrar em vigor nesta segunda-feira (5).

De todos os funcionários retirados pela Prefeitura, nove pertencem à Guarda Civil Municipal (GCM); um é da Secretaria de Segurança; três vão para a Saúde; 15 para a Secretaria de Administração; dois para a Promoção e Desenvolvimento Social; um para a Secretaria de Trabalho e Emprego; um para a Subprefeitura do Pirapitingui; e um para o gabinete do prefeito.

O comunicado dividiu opiniões e pegou muita gente de surpresa. Nas redes sociais, Lázaro Piunti, ex-prefeito do município, disse que a atitude trata-se de uma represália contra o vereador Moacir Cova (PSC), que é também investigador de polícia e concorre ao cargo de deputado estadual. O parlamentar assumiu função na Câmara Municipal em junho deste ano, após o afastamento de Maria do Carmo Piunti, com quem compartilha a mesma legenda.

“Se for consumado o ato, a saída dos funcionários prejudicará as ações administrativas da Polícia Civil e até os Distritos poderão ser fechados. Será que o prefeito teria coragem de mostrar seu rompante e retirar os funcionários emprestados ao Poder Judiciário?”, escreveu o ex-chefe do Poder Executivo.

O Cruzeiro do Sul questionou a Prefeitura de Itu sobre a situação e aguarda respostas. (Da Redação)