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Sorocaba

Diminui número de pessoas que usam máscara

Redução da letalidade causada pela Covid está relacionada a mudança de hábito na hora de se proteger

18 de Agosto de 2022 às 00:01
Denise Rocha [email protected]
Mary Romão Pereira disse que se sente aliviada por não usar a máscara
Mary Romão Pereira disse que se sente aliviada por não usar a máscara (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO (17/8/2022))

No centro de Sorocaba já é menor o número de pessoas fazendo uso das máscaras de proteção facial. A maioria está sem ou então com ela nas mãos ou no queixo. O cenário parece ter uma relação direta com a redução da letalidade causada pela Covid-19. A obrigatoriedade em Sorocaba continua no transporte público, clínicas e hospitais. De acordo o Boletim Epidemiológico Acumulado, divulgado na segunda-feira (15), pela Secretária Municipal de Saúde (SES), a taxa de morte no município é de 2,4%, abaixo da taxa estadual, que é de 3%, e acima da taxa nacional, que se encontra em 2,1%.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou ontem (17) a suspensão da obrigatoriedade do uso de máscara em aeroportos e aeronaves do Brasil. A proteção compulsória foi implementada em dezembro de 2020, auge da pandemia do coronavírus no País.

O entendimento é de que a máscara ainda é recomendável em espaços públicos como aeroportos e aeronaves, mas não mais obrigatória. Assim, ela passa de uma medida de saúde coletiva para um “compromisso de responsabilidade individual”. A discussão sobre o uso já havia sido discutida pelos técnicos e mantida a obrigatoriedade.

A Anvisa alegou ontem que a mudança de posicionamento sobre o tema foi motivada em partes pela portaria emitida pelo Ministério da Saúde em 22 de abril, que declarou o encerramento da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional pelo novo coronavírus.

Vale lembrar que máscara sempre foi considerada a principal forma de proteção contra a Covid.

A estudante Daniele Moreira, de 18 anos, disse que mantém o uso no transporte público. “Tem muita gente, algumas pessoas espirrando, então é para evitar o contágio mesmo que eu uso”, contou. Mas assim que sai do ônibus, a jovem já aproveita o ambiente ao ar livre para retirar a máscara.

A esteticista Mary Romão Pereira disse que se sente aliviada por não usar. “Só mesmo em clínicas, hospitais, ambientes de saúde mesmo, em outros ambientes não uso mais”.

Enquanto isso, nos postos de Saúde, como na unidade da Vila Haro, é o contrário. Todos que vão ao local precisam estar com a máscara. A atitude está em conformidade com a recomendação da SES. “É preciso que as pessoas continuem adotando as medidas preventivas à Covid-19, como uso de álcool em gel e de máscara protetora no transporte público e em ambientes médico-hospitalares. A conscientização da população sobre esses hábitos é fundamental”, informou a SES que ainda reforçou que não há previsão para desobrigar o uso.

A Secretária Estadual de Saúde também informou que “segue a obrigatoriedade do uso de máscaras no transporte coletivo e locais de prestação de serviços de saúde no Estado. Toda nova medida é analisada tecnicamente e leva em consideração a análise do cenário epidemiológico da doença”, informou.

A prevenção ainda faz mais sentido em virtude do período de inverno, já que os problemas respiratórios se intensificam assim como as chances de contágio, devido a permanência maior em ambientes fechados.

“A Covid e mesmo a gripe não acabaram. Se estiver numa área com risco maior de contaminação, com muita gente e em local fechado, é conveniente continuar usando a máscara”, enfatizou o médico infectologista Alcides Poli Neto. Ele ainda orienta que integrantes de grupos de risco, como idosos, diabéticos e hipertensos também devem manter o hábito. (Denise Rocha)