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Venda ilegal

Funcionário público de Itu é preso vendendo medicamentos abortivos

A Prefeitura exonerou os dois servidores municipais envolvidos no caso

29 de Julho de 2022 às 14:25
Cruzeiro do Sul [email protected]
Funcionário público é preso por vender medicamentos abortivos
Funcionário público é preso por vender medicamentos abortivos (Crédito: Divulgação/ Policia Civil)

Um funcionário público de Itu foi preso na tarde desta quinta-feira (28) por portar medicamentos usados para aborto e uso controlado. Segundo o boletim de ocorrência, as vendas eram feiras para servidores municipais de Itu, Salto e Porto Feliz.

Segundo o boletim de ocorrência, os investigadores da Polícia Civil vinham recebendo há um tempo informações sobre a prática criminosa por parte do servidor municipal, mas a apuração era dificultosa porque o suspeito tomava muito cuidado para não ser descoberto.

Na tarde de ontem os policiais foram informados de que seria entregue um medicamento para uma mulher em um carro de luxo que estava estacionado próximo ao hospital municipal de Itu. O servidor receberia R$ 120,00 pela entrega.

Ao chegarem no local indicado, os policiais viram o carro e a suposta cliente com as mesmas características citadas na denúncia. Diante das evidências, a mulher que também é uma funcionária pública, disse aos policiais que a encomenda seria entregue no estacionamento do mercado municipal. Os investigadores foram até o local citado e encontraram um homem com um caminhão guindaste que pertence a prefeitura de Itu.

Com o funcionário público foram encontrados R$ 130,00, uma caixa de sibutramina - remédio usado para tratar a obesidade, pois aumenta rapidamente a sensação de saciedade, reduzindo a vontade de comer e evitando que sejam ingeridos alimentos e calorias em excesso. Além disso, este remédio também ajuda a acelerar o metabolismo, o que contribui ainda mais para a perda de peso; 4 comprimidos de Cytotec - medicamento abortivo.

O suspeito recebeu voz de prisão e precisou ser algemado para evitar que fugisse. Ele foi encaminhado para a delegacia acompanhado de advogados, mas permanece à disposição da justiça. A audiência de custódia está marcada para acontecer nesta sexta-feira (29).

Por meio de nota, a Prefeitura de Itu informou que exonerou os dois funcionários assim que tiveram acesso ao caso e apoia irrestritamente as investigações da Polícia Civil para que os acusados respondam criminalmente dentro dos rigores da lei. A nota afirma ainda que não há nenhuma relação entre a Prefeitura e os atos ilícitos atribuídos aos acusados.

A reportagem do Cruzeiro do Sul questionou as Prefeituras de Salto e Porto Feliz, mas até o fechamento da reportagem não obteve retorno.