Uma decisão judicial proferida na tarde desta terça-feira (26), pela juíza de Direito Ana Cristina Paz Neri Vignola, da 2° Vara da Comarca de Boituva, determina como seguirá o funcionamento das atividades do Centro Nacional de Paraquedismo (CNP). O documento explica que os saltos estão autorizados, sendo proibido somente o lançamento de pessoas e objetos sobre a zona urbana. Descontentes com essa decisão da juíza, a Associação de Paraquedismo de Boituva (APB) preferiu manter as atividades suspensas até haver um reexame pela Justiça.

A liminar expedida na sexta-feira (22) proibia lançamentos (saltos) e voos sobre as áreas urbanas de Boituva. A decisão foi proferida três dias após o acidente que ocasionou a morte do aluno em instrução Andrius Jamaico Pantaleão, 38 anos.

Já a escola de paraquedismo WOW, na qual Andrius era matriculado, permanece com as atividades suspensas, de forma total, até a chegada do laudo pericial do acidente. Segundo o Tribunal de Justiça, a multa por descumprimento da decisão judicial é de R$ 50 mil por dia. O pedido de suspensão das atividades do CNP foi feito pelo delegado da Polícia Civil da cidade, Emerson Jesus Martins.

A Associação de Paraquedismo de Boituva (APB) informa que realizou uma reunião com os operadores de aeronaves na manhã desta quarta-feira (27) na qual decidiram que as atividades permanecerão suspensas até que haja o reexame pela Justiça da limitação de uso do espaço aéreo, imposta pela decisão judicial proferida nos autos do Inquérito Policial que tramita perante a 2° Vara Criminal de Boituva.

O jornal Cruzeiro do Sul entrou em contato com o Procon da cidade de Boituva para saber quais procedimentos os alunos que se sentirem prejudicados com a suspensão das atividades. A orientação foi para que essas pessoas entrem em contato com a fundação para fazer a reclamação. O Procon de Boituva fica na rua Rua João Marcon, 283, na Vila São Vicente de Paula, Boituva.
Para mais informações, entre em contato pelo número (15) 3268-1727.

(Inaiê Mendonça - programa de estágio)