Proibição
Centro de Paraquedismo de Boituva está com atividades suspensas
Decisão em caráter liminar proíbe saltos e voos sobre áreas urbanas da cidade
As atividades do Centro Nacional de Paraquedismo (CNP), em Boituva, foram suspensas por tempo indeterminado. A decisão liminar, assinada na noite de ontem (22), ocorre três dias após o acidente que matou o paraquedista Andrius Jamaico Pantaleão, 38 anos, na terça-feira (19). Estão proibidos lançamentos (saltos) e voos sobre as áreas urbanas da cidade. O pedido foi feito pelo delegado da Polícia Civil da cidade, de Emerson Jesus Martins.
O delegado conduz o inquérito que investiga a morte de Pantaleão, aluno de paraquedismo que morreu ao cair sobre o telhado de uma casa após um salto. Martins argumentou ao Judiciário que a proibição das atividades seria indispensável para “evitar novas mortes”, além de evitar que “objetos caiam na cabeça de munícipes”.
A Justiça acatou o pedido do delegado e fixou multa diária em R$ 50 mil em caso de descumprimento da liminar. Por outro lado, a decisão judicial corre em primeira instância e cabe recurso por parte do CNP. A determinação foi autorizada devido a necessidade de “complexa readequação” da operação de paraquedismo com as aeronaves, pilotos, escolas e instrutores.
A informação também foi confirmada pela Câmara de Boituva, que também informou que comissões e parlamentares acompanham os desdobramentos da situação. “Foi apresentado ao Governo Federal, em 2021, uma solicitação para recursos para execução de obras de infraestrutura no local. O legislativo segue acompanhando os desdobramentos do caso para garantia da melhor resolução para o retorno das atividades”, destacou.
Morte de aluno
A Prefeitura de Boituva informou que existe a suspeita de Pantaleão ter perdido a consciência durante o salto. No entanto, de acordo com o delegado Emerson Jesus Martins, ainda, não é possível afirmar a causa do acidente.
Este é o segundo caso de morte envolvendo saltos de paraquedas neste ano. O primeiro ocorreu em 24 de abril, quando a paraquedista do Exército Bruna Ploner, de 33 anos, tentou fazer uma manobra e caiu. Na queda, ela sofreu politraumatismo. (Wilma Antunes)
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