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Sorocaba

Clínica de psicologia é alvo de operação da Polícia Civil

Proprietária da clínica emitia guias de forma fraudulenta; ao menos cinco médicos tiveram seus carimbos pessoais e assinaturas falsificadas

14 de Julho de 2022 às 11:02
Cruzeiro do Sul [email protected]
Ao menos cinco médicos tiveram seus carimbos pessoais e assinaturas falsificadas
Ao menos cinco médicos tiveram seus carimbos pessoais e assinaturas falsificadas (Crédito: Divulgação/Polícia Civil)

O Setor de Investigações do 3º DP da Polícia Civil de Sorocaba deflagrou na manhã desta quinta-feira (14) a Operação “Mendacium”, com o objetivo de apreender objetos e documentos relacionados à expedição de guias de encaminhamento médico, emitidas de forma fraudulenta em uma clínica de psicologia no Jardim Vergueiro.

As investigações tiveram início quando a Polícia Civil recebeu informações de que ao menos cinco médicos tiveram seus carimbos pessoais e assinaturas falsificadas. As operadoras dos planos de saúde consultaram os médicos para saber se eles reconheciam suas assinaturas nas guias de encaminhamento médico para acompanhamento psicológico. Com a negativa deles, o boletim de ocorrência foi registrado.

Na sequência das investigações, o setor identificou que as guias de encaminhamento médico foram pagas pelas operadoras de saúde, num montante que ainda está sendo apurado. Segundo a Polícia Civil, o prejuízo ultrapassa um milhão de reais. A clínica foi credenciada pelas operadoras de saúde há cerca de um ano e realizou mais de 3 mil atendimentos médicos.

A mesma modalidade criminosa já foi utilizada pela proprietária da clínica no ano de 2016, na qual resultou em prejuízo em mais de R$90 mil reais para as operadoras de saúde, caso que já está sendo apurado em inquérito policial e deve resultar em seu indiciamento.

Na residência da investigada, localizada em um condomínio de alto padrão, foram apreendidos um notebook, um aparelho celular e agenda de consultas. Já na clínica de psicologia, foram apreendidos dois notebooks, diversas guias de encaminhamento falsas e dois celulares.

A investigada foi indiciada por estelionato, falsificação de documento particular e falsidade ideológica, penas que se somadas chegam a 15 anos de prisão. (Da redação)