O tempo seco é uma característica típica do inverno, que pode causar danos tanto para a saúde humana quanto para o meio ambiente. Entre os fatores preocupantes que chegam com a estação, a queimada ocupa posição de destaque. Em Sorocaba, atear fogo em mato ou lixo é crime e a multa pode ultrapassar R$ 3 mil, conforme determina a legislação municipal.

Além de prejudicar a natureza, os incêndios potencializam os quadros alérgicos e problemas respiratórios. Isso porque a fumaça produzida pela fuligem lançada na atmosfera também prejudicam a fauna e a flora. De acordo com a Secretaria do Meio Ambiente, Proteção e Bem-Estar Animal (Sema), os focos de incêndio são mapeados por uma equipe especializada.

A Patrulha Ambiental fotografa e faz a medição da área atingida pela queimada. Depois, um relatório é elaborado e os passos seguintes consistem no mapeamento e enquadramento da legislação vigente para a elaboração da autuação. Se não houver flagrante, é feito levantamento de quem é o proprietário do terreno para que seja feita a aplicação da multa.

Outro risco à saúde está na queima de lixo, especialmente materiais plásticos, que geram compostos tóxicos, podendo provocar severas irritações às vias respiratórias, se inalados. As pessoas também podem contribuir não ateando fogo em mato, lixos e folhas; descartando corretamente lixo, entulhos de construção, restos de poda e folhas secas; não jogando bituca de cigarro em vias públicas e orientando familiares, amigos e vizinhos sobre os problemas decorrentes da queimada.

Os terrenos também precisam ser mantidos limpos pelos proprietários. Ao presenciar uma queimada, o cidadão deve ligar para o telefone 193, do Corpo de Bombeiros. Já, as denúncias para a Sema/ Patrulha Ambiental da Guarda Civil Municipal (GCM) podem ser feitas pelo telefone 153; 156 (Ouvidoria Geral do Município); pelo WhatsApp (15) 99129-2426 ou pelo www.sorocaba.sp.gov.br/atendimento.

O Cruzeiro do Sul questionou a Defesa Civil de Sorocaba e a Prefeitura sobre a quantidade de ocorrências de queimadas desde 2020, mas não obteve as informações solicitadas. (Wilma Antunes)