Assistência Social
Sorocaba inicia operação 'barreiras humanitárias' na rodoviária e na Dom Aguirre
O objetivo da ação é identificar a migração de dependentes químicos vindos de outras cidades, como da Cracolândia, na capital paulista
A Prefeitura de Sorocaba iniciou na manhã desta sexta-feira (10) a operação "barreiras humanitárias" em pelo menos dois pontos da cidade: na rodoviária e na avenida Dom Aguirre, próximo à Rodovia Senador José Ermírio de Moraes (Castelinho). O objetivo da ação é identificar a migração de dependentes químicos vindos de outras cidades, como da Cracolândia, na capital paulista, e encaminhá-los para tratamento e outros tipos de atendimentos.
Pela manhã, no ponto montado na rodoviária, três pessoas foram atendidas e encaminhadas para tratamento contra dependência química em um clínica conveniada com o poder público. No local, as pessoas atendidas também puderam ser vacinadas contra a Covid-19 e também contra a gripe.
Segundo a Prefeitura de Sorocaba, inicialmente o ponto fixo montado local irá funcionar diariamente, inclusive aos finais de semana, por 30 dias, podendo ser prorrogado. Já nos demais pontos, ou seja, nas entradas de Sorocaba, as barreiras humanitárias serão itinerantes, e o alvo é a identificação de pessoas que estejam vindo de outras cidades por meio de vans.
Ainda de acordo com a Prefeitura de Sorocaba, são ofertados serviços sociais e na área de saúde, incluindo o tratamento a dependência química para aqueles que aceitarem. "Em paralelo, será feito um censo para verificar e identificar as condições das pessoas que estão migrando para Sorocaba”, explica o secretário da Cidadania, Clayton Lustosa.
As demais cidades da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS) também observarão esse fluxo migratório, a fim de igualmente adotar medidas mitigadoras da situação. “O projeto de Sorocaba servirá de modelo para outras cidades”, destaca o secretário da Secid.
Essas estratégias foram definidas, após a criação de um Comitê Regional, durante reunião extraordinária da RMS, convocada pelo presidente e prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga, no último dia 3 de junho, no Paço Municipal. O grupo é formado por profissionais técnicos do Governo do Estado e representantes das cidades da RMS, nas áreas de Cidadania, Saúde, Assistência Social e Segurança.
“As barreiras humanitárias vão operar em caráter piloto na cidade de Sorocaba e serão importantes como medida preventiva, de modo a identificar esse público mais vulnerável, vindo de outras cidades. Trata-se de uma estratégia, tanto para evitar que dependentes químicos vivam na marginalidade, como também para dar a devida assistência a essas pessoas e evitar que surjam pontos de minicracolândias aqui, em nosso município”, frisa o prefeito Rodrigo Manga.
Programa “HumanizAção” em Sorocaba
Os casos identificados em Sorocaba, de dependentes químicos que recentemente deixaram a Cracolândia de São Paulo, foram constatados durante abordagens sociais feitas diariamente, por meio do programa municipal “HumanizAção”, que oferece acolhimento e atendimento especializado a pessoas em situação de rua.
“Todos os abordados foram atendidos pelas equipes locais de assistência social e, depois, encaminhados para unidades terapêuticas ou ao seu município de origem, se assim desejaram e foi possível. Identificamos, previamente, que cerca de 60% das pessoas em situação de rua em Sorocaba vieram de outras cidade”, explica o secretário municipal da Cidadania.
Ao longo de todo o ano de 2021 até o final de abril de 2022, 14.646 abordagens sociais especializadas a pessoas em situação de rua, sendo que esses atendimentos geraram 12.188 oportunidades de acolhimento no Serviço de Obras Sociais (SOS), entidade parceira da Prefeitura de Sorocaba.
Além disso, mais de 1.716 pessoas conseguiram retornar para os seus lares de origem, seja em Sorocaba ou em outros municípios de procedência. O retorno ao lar é providenciado pela Prefeitura, sempre nas situações em que há o desejo da pessoa e a viabilidade para que isso aconteça. (Da Redação)
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