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Cesta básica

Preço da cesta básica sorocabana sobe 2,75% em maio deste ano

A cebola, o feijão e a farinha de trigo estão entre os alimentos que mais subiram de preço no mês passado

08 de Junho de 2022 às 15:33
Ana Claudia Martins [email protected]
Preço da cesta básica sorocabana sobe 2,75% em maio de 2022.
Preço da cesta básica sorocabana sobe 2,75% em maio de 2022. (Crédito: Fábio Rogério )

O preço da cesta básica sorocabana em maio de 2022 subiu 2,75% quando comparado com o mês anterior (abril/2022), passando de R$ 1.083,34 para R$ 1.113,08, ou seja, R$ 29,74, pagos a mais pelo consumidor. A alta foi no mesmo sentido ao resultado medido pelo índice de inflação oficial (IPCA-15), que apresentou alta de 0,59%. Entretanto, os produtos de consumo básico que compõem a cesta básica ficaram em média mais caros que os bens e serviços em geral, medidos pelo IPCA-15.

Segundo a pesquisa mensal da Universidade de Sorocaba (Uniso) sobre o preço da cesta básica sorocabana, os alimentos que mais subiram no mês passado na cidade foram a cebola (26,39%), o feijão (11,41%), a farinha de trigo (11,36%), a farinha de mandioca (9,49%), e o frango (8,73%).

Já na comparação do preço da cesta básica sorocabana em maio deste ano com o mesmo mês do ano anterior (maio/2021) o aumento foi de 18,92%, ou seja, R$ 117,08 pagos a mais pelo consumidor.
Para fugir das variações de preços e dos aumentos, os consumidores têm que adotar algumas estratégias e substituir os alimentos que estão mais caros por outros mais baratos, buscar promoções, e, em último caso, deixar de comprar e esperar o preço baixar.

Conforme a pesquisa, que é realizada pelo Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas da Uniso, em 2022, o valor da cesta básica inicia o ano apresentando queda nos dois primeiros meses do ano e forte alta nos meses seguintes, encerrando o mês de maio cotada a R$ 1.113.08.

Em 2021, o valor da cesta básica sorocabana iniciou o ano custando R$ 872,01. Nos meses seguintes, o seu custo apresentou tendência de alta, ainda que em alguns meses tenha registrado queda, atingindo assim o seu maior patamar em dezembro (R$ 987,88).

Na manhã desta quarta-feira (8), a reportagem do Cruzeiro do Sul esteve em um supermercado no bairro Árvore Grande para verificar o impacto do aumento no preço da cesta básica sorocabana no bolso do consumidor.
Maria Angela Alves disse que os preços dos alimentos estão subindo “bastante”.

“Toda semana está mais caro. A minha sorte é que como moro sozinha, um pacote de arroz e de feijão, de um quilo, dura bastante”, afirma. Para ela, as carnes são os alimentos que mais estão subindo. “Como a carne está muito cara, tenho comprado ovos, linguiça ou salsicha para substituir. E mesmo os ovos têm subido também”, aponta.

O aposentado José Alves Fernandes disse que quase não costuma fazer compras no supermercado e que a tarefa é feita por sua esposa. Por isso, ele afirma que não notou tanta diferença nos preços dos alimentos, mas que de modo geral muito produtos têm sofrido aumento, e não só no supermercado. “Tem muita variação de preço, então, é difícil acompanhar todos os aumentos”, destaca.

Cebola e feijão

Dos 34 itens que compõem a cesta básica sorocabana, 27 deles apresentaram alta no preço. Entre os itens que apontaram maior alta estão a cebola (26,39%), passando de R$ 5,23 (o quilo) em abril para R$ 6,61 em maio, e o feijão (11,41%), cotado a R$ 9,18 (o quilo) em maio ante R$ 8,24 em abril. A principal explicação para a alta de valor de ambos os itens foi a redução da oferta devido ao clima adverso que prejudicou a colheita.

Em seguida, a farinha de trigo foi o terceiro item com maior alta de preço (11,36%), passando de R$ 5,37 (o quilo) em abril para R$ 5,98 em maio. De acordo com a pesquisa, a alta do preço da farinha de trigo é consequência do aumento do preço do trigo, o seu principal custo, que vem sendo pressionado desde o início da guerra na Ucrânia e, mais recentemente, pela suspensão da Índia em exportar o grão com a justificativa de garantir a segurança alimentar de seus habitantes.

Em quarto lugar ficou a farinha de mandioca (9,49%), que passou de R$ 3,90 (500g) em abril para R$ 4,27 em maio. A explicação para a alta de preço do item foi resultado do forte aumento do seu principal insumo, a mandioca, que, por sua vez, teve elevação de preço por conta da sua menor oferta, prejudicada pelo clima desfavorável e pela área plantada reduzida em relação à safra anterior.

O quinto item com maior alta de preço (8,73%) foi o frango, passando de R$ 11,46 (o quilo) em abril para R$ 12,46 em maio. A forte elevação do preço do milho e da soja impactou o custo com a alimentação das aves e, consequentemente, contribuiu de forma significativa para elevar o custo do frango.

Extrato de tomate e os ovos

Dentre os produtos que apresentaram as maiores quedas de preços destacam-se o extrato de tomate (-9,65%), passando de R$ 5,18 (370 ml) em abril para R$ 4,68 em maio. Os ovos (-1,04%) passando de R$ 10,56 (a dúzia) em abril para R$ 10,45 em maio; a água sanitária (-0,72%), passando de R$ 5,55 (2 litros) em abril para R$ 5,51 (2 litros) em maio; e o creme dental (0,58%), passando de R$ 3,47 (90g) em abril para R$ 3,45 (90g) em maio. (Da Redação)

Maria Angela Alves afirma que os preços dos alimentos subiram "bastante" nos supermercados. - Ana Claudia Martins
Maria Angela Alves afirma que os preços dos alimentos subiram "bastante" nos supermercados. (crédito: Ana Claudia Martins)

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