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Saúde

Faltam vagas em UTIs para crianças em várias partes do Brasil

A diferença neste ano, dizem médicos, é que um número alto de bebês e crianças teve contato com esses vírus ao mesmo tempo

27 de Maio de 2022 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
(Crédito: FÁBIO ROGÉRIO )

Com a chegada do frio, hospitais em estados como São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Pernambuco têm visto uma explosão de crianças internadas. A causa principal são vírus respiratórios, comuns nesta época. A diferença neste ano, dizem médicos, é que um número alto de bebês e crianças teve contato com esses vírus ao mesmo tempo, após dois anos de pandemia em que ficaram isoladas em casa. O resultado é de sobrecarga: faltam leitos de UTI, se formam filas e já houve mortes de bebês à espera de uma vaga.

Os motivos de busca que têm pressionado o atendimento são a bronquiolite e as síndromes gripais, dentre essas últimas a Covid-19 que apresentou aumento significativo nas últimas semanas, junto com outros vírus.

No interior paulista, as regiões de Campinas, Franca e Araçatuba têm alas pediátricas lotadas. Na segunda-feira (23), o prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), fez apelo para que as crianças sejam vacinadas contra gripe e sarampo.

O infectologista Renato Kfouri, da Sociedade Brasileira de Pediatria, diz que todo outono tem alta expressiva de doenças respiratórias, sobretudo em crianças, já que o tempo seco é mais propício para a propagação do rinovírus, adenovírus e vírus sincicial respiratório, antecedendo a estação do vírus influenza (gripe). Segundo ele, o distanciamento social e o uso de máscaras por causa da Covid-19 reprimiram a circulação das viroses. “Isso acumulou crianças nessa idade suscetíveis a esses vírus respiratórios”, alertou. (Da Redação, com informações do Estadão Conteúdo)