O médico Sérgio Fernando da Cunha Cordeiro, réu por venda de atestados falsificados em Sorocaba, foi demitido da Secretaria da Sáude (SES) após 31 anos de carreira. A resolução que determina o desligamento do então funcionário público foi divulgada no Jornal do Município, na edição de quarta-feira (18).

As polêmicas em volta do nome de Sérgio Fernando começaram em 2019, quando uma clínica de acupuntura, ginecologia e obstetrícia da cidade foi flagrada emitindo atestados fraudados aos pacientes. O Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) denunciou a situação à Justiça, que acatou a solicitação.

Desta forma, o médico, a esposa e a filha se tornaram réus, em 2021, por venda de atestados médicos falsificados. De acordo com o documento, foram emitidas aproximadamente quatro mil declarações.

Segundo dados do Portal da Transparência, o médico trabalhava na saúde pública municipal desde 1991. O salário bruto referente ao mês de abril era de R$ 20,736 mil.

O Cruzeiro do Sul questionou a Prefeitura de Sorocaba sobre a motivação do desligamento de Sérgio Fernando. O Poder Executivo, no entanto, preferiu não se aprofundar no assunto e deu uma resposta breve: “a Secretaria de Recursos Humanos (Serh) informa que o sr. Sérgio Fernando da Cunha Cordeiro foi demitido. O processo, de 2019, segue correndo em caráter de sigilo”, concluiu. A reportagem tentou falar com o médico, mas não obteve retorno. (Wilma Antunes)