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Sorocaba

Falta de pagamento de benefícios a vigias gera debate na Câmara

Profissionais terceirizados foram contratados para cuidar de escolas municipais

20 de Maio de 2022 às 00:01
Wilma Antunes [email protected]
Vigias são contratados pelo Grupo Moraes.
Vigias são contratados pelo Grupo Moraes. (Crédito: SECOM SOROCABA)

Denúncias sobre falta de pagamento de benefícios aos vigias que fazem a segurança das escolas municipais de Sorocaba, ganharam espaço na sessão ordinária da Câmara de Vereadores, ontem (19). A questão foi levantada pelo vereador Vitão do Cachorrão (Republicanos), que disse ter recebido relatos de trabalhadores. Outros parlamentares, como Silvano Júnior (Republicanos), Rodrigo do Treviso (União), João Donizeti (PSDB), Cristiano Passos (Republicanos) e Salatiel dos Santos (PDT), afirmaram que também receberam denúncias. Vitão relatou que uma funcionária diz que teria sido assediada sexualmente por um supervisor da empresa responsável pelo serviço.

Ao pedir questão de ordem, Vitão falou que havia muitas reclamações sobre o Grupo Moraes, empresa terceirizada contratada pela Prefeitura, por meio de processo licitatório, para fazer a segurança da rede municipal de ensino. Os funcionários teriam relatado que o vale-refeição estava sendo parcelado em três vezes e, em alguns casos, não era pago nenhum valor.

João Donizeti disse que as denúncias já teriam sido encaminhas para a Prefeitura. Ainda destacou que o Executivo está ciente e já notificou a empresa e que o processo para a extinção do contrato depende de trâmites legais. Mesmo se manifestando à favor dos funcionários supostamente prejudicados, Cristiano Passos criticou o fato de Vitão ter trazido o assunto para o plenário. Ele disse que o processo de apuração tem que ocorrer de forma discreta. Salatiel disse que o jurídico do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais entrou com uma ação trabalhista contra o Grupo Moraes a pedido de um trabalhador.

Empresa nega

O Grupo Moraes nega as irregularidade citada pelos vereadores e informou que o pagamento dos colaboradores é realizado no quinto dia útil de cada mês. Sobre o parcelamento do benefício, alegou que, por estratégia financeira, alterou a empresa operadora dos cartões de vale-refeição e vale-alimentação. Desta forma, teria sido efetuado, em caráter provisório, o pagamento de um terço do valor.

De acordo com a empresa, 16 funcionários foram desligados nos últimos dois meses, sendo que dez pediram demissão e outros seis foram mandados embora devido ao “excesso de faltas consecutivas injustificáveis”..

Sobre o possível assédio sexual, o Grupo Moraes disse que instaurou investigação interna para apurar a denúncia e aplicará a sanção cabível e legal ao envolvido, se o caso realmente for comprovado.

O Cruzeiro do Sul questionou a Prefeitura sobre as denúncias e informou que a Secretaria da Educação (Sedu) teve conhecimento da denúncia pela declaração de Vitão. Ainda declarou, em nota, que as informações estão sendo averiguadas e, se identificada qualquer irregularidade, “todas as medidas cabíveis serão tomadas”. (Wilma Antunes)