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Eclipse total da Lua será visto a olho nu em todo o Brasil

Fenômeno acontecerá na noite deste domingo (15) para a segunda-feira (16)

13 de Maio de 2022 às 23:09
Segundo a Nasa, no Brasil, somente os moradores do Acre poderão ver o fenômeno parcialmente
Segundo a Nasa, no Brasil, somente os moradores do Acre poderão ver o fenômeno parcialmente (Crédito: KAREN BLEIER / AFP )

O eclipse total da Lua, que ocorrerá da noite deste domingo (15) para segunda-feira (16), poderá ser visto por completo no Brasil. O Planetário do Ibirapuera, na cidade de São Paulo, terá programação especial, incluindo projeções no lago do parque. O fenômeno, conhecido como "Lua de Sangue", será o único do tipo de 2022. Ele estará visível em toda a América do Sul e América Central, parte da América do Norte, parte da Europa e parte da África. Poderá ser observado a olho nu. O grupo de astronomia Centauri, que atua em Sorocaba e Itapetininga, transmitirá o encontro entre a Terra e Lua pela internet. Assim, quem não puder sair de casa ou não conseguir contemplá-lo por conta do horário terá a oportunidade de apreciá-lo depois.

Segundo Paulo Sérgio Bretones, professor do departamento de Metodologia de Ensino da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), o fenômeno começará às 23h27 de amanhã (15). À 0h29, a Lua ficará toda coberta pela sombra da Terra. O eclipse vai durar até a 1h53, quando o satélite natural começará a sair da sombra do planeta. Às 2h55 de segunda-feira (16), o encontro entre os astros terminará completamente, e a Lua voltará a ficar totalmente iluminada pelo Sol. Desta forma, o meio do fenômeno acontecerá à 1h11.

Os eclipses consistem na projeção da sombra de um corpo celeste sobre outro. Conforme Marco Antonio Centurion Medeiros, presidente do Centauri, o eclipse lunar ocorre quando há o alinhamento do Sol, da Terra e da Lua, nesta sequência. Isso só acontece na fase de lua cheia. No fenômeno, a Lua é encoberta pela sombra da Terra.

Medeiros explica que, neste fim de semana, haverá eclipse total porque o satélite ficará na região de maior sombra do nosso planeta, chamada de umbra. “Nesse caso, vai ser interessante, porque todo o círculo do diâmetro da Terra cobre a imagem da Lua. É como se a Lua ficasse completamente ocultada”, diz. Por estar coberto, esclarece ele, o satélite “perderá” o seu brilho natural. Com isso, tende a ficar avermelhado ou amarronzado. Por isso o fenômeno é chamado de "Lua de Sangue." 

De acordo com Paulo Bretones, embora haja mais eclipses solares, os lunares são vistos com maior frequência. Isso porque eles podem ser observados com mais facilidade e em diversas partes do mundo. “Mais da metade Terra observa os eclipses lunares. Só que os solares são mais reduzidos, porque a faixa que (o Sol) atinge a Terra, quer dizer, onde o Sol projeta a (sua) sombra, é ‘num trechinho só’. Então, nem todo mundo vai conseguir ver”, disse.

A olho nu

Medeiros informa que o fenômeno poderá ser visto claramente a olhou nu. Com o auxílio de equipamentos simples, como binóculos, também poderá ser contemplado em detalhes. O Clube Centauri transmitirá ao vivo, por meio de live em sua página no Facebook (https://www.facebook.com/clubecentauri/).

Outros eclipses

Neste ano, haverá quatro eclipses -- dois solares e dois lunares. O próximo da Lua será em 8 de novembro, cuja visualização não será integral. Além disso, no dia 25 de outubro, haverá um fenômeno solar, que não poderá ser visto no Brasil. O outro eclipse solar aconteceu, em 30 de abril. No País, apenas o estado do Rio Grande do Sul conseguiu observá-lo parcialmente. (Vinicius Camargo)