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Combate a corrupção dominará corrida eleitoral

20 de Abril de 2022 às 00:01
Kally Momesso [email protected]
A advogada Monica Rosenberg é pré-candidata a deputada federal pelo Novo.
A advogada Monica Rosenberg é pré-candidata a deputada federal pelo Novo. (Crédito: KALLY MOMESSO (19/4/2022))

O Índice de Percepção da Corrupção Brasileira demonstra que a temática deve continuar a ser prioridade nas campanhas eleitorais, disse a pré-candidata a deputada federal e advogada, Monica Rosenberg (Novo) durante visita ontem à sede da Fundação Ubaldino do Amaral (FUA), mantenedora do jornal Cruzeiro do Sul e do Colégio Politécnico.

Monica explicou que o Índice de Percepção da Corrupção é o principal indicador de corrupção do mundo. Produzido pela Transparência Internacional desde 1995, ele avalia 180 países e territórios e os atribui notas em uma escala entre 0 e 100. Quanto maior a nota, maior é a percepção de integridade do país. De acordo com o índice de 2021, o Brasil aparece com a nota 38, estando na 96ª posição, junto a países como Argentina, Indonésia, Lesoto, Sérvia e Turquia.

“Quando você observa, os países que estão no topo do ranking, que são os países que têm menos corrupção, são países com mais desenvolvimento, como Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia. Já os países que estão no final do ranking, são os países com mais pobreza. Então a gente sabe hoje que tem uma relação entre pobreza e corrupção. Com os níveis de corrupção que nós temos hoje no Brasil, a gente não consegue resolver a pobreza. Por isso, é importante nós continuarmos falando sobre o combate a corrupção, para criar condições para resolver as outras questões”, disse.

Ela também falou sobre a criação do Instituto Não Aceito Corrupção. “O objetivo dessa ONG é reverter a cultura de corrupção que existe no Brasil, porque não é uma operação policial que vai resolver o problema. A gente precisa atuar com mecanismos de prevenção e implementar transparência, atuar fortemente com educação e combater a impunidade”.

Na opinião de Monica, apesar do fim da operação Lava-Jato e soltura de pessoas condenadas por desvio e lavagem de dinheiro, o legado não pode ser desprezado. “Eu lamento muito que tenham soltado pessoas que, por estarem livres, as pessoas pensam que elas são inocentes e não são. Acima dos números de pessoas presas, de ter, pela primeira vez, atingido os inatingíveis, o legado mais importante foi ter aberto os olhos da sociedade brasileira para o nível de podridão que estava dentro do nosso sistema. As pessoas não sabiam a que ponto os poderes estavam entrelaçados”, lembrou e destacou que a participação feminina na política contribuiu para a diminuição nos indicadores de corrupção de um país. “Países que têm mais mulheres na política são os que menos têm corrupção. A presença de mulheres está trazendo cada vez mais o olhar da ética e da transparência”, completou Monica. (Kally Momesso)