Sorocaba
Lançamentos de imóveis residenciais crescem 82,87% em Sorocaba
Os lançamentos de imóveis residenciais em Sorocaba aumentaram 82,87% em 2021 na comparação com 2020. Os dados fazem parte do Estudo do Mercado Imobiliário, do Secovi-SP. Segundo a pesquisa, foram lançadas 6.887 unidades em 2021 contra 3.766 de 2020. Em valores de mercado, os números são ainda mais expressivos e representam um aumento de 114%: R$ 2,33 bilhões em 2021 contra R$ 1,09 bilhões em 2020. O estudo mostra ainda que o valor médio de venda dos imóveis é de R$ 341 mil na cidade, e que 50% das unidades lançadas são de dois dormitórios (categoria econômica), sendo a maior parte do tamanho entre 45 metros quadrados e 65 metros quadrados. Para o diretor Regional do Secovi-SP em Sorocaba, Guido Cussiol Neto, a cidade ainda apresenta uma demanda reprimida por imóveis cuja oferta de lançamentos é baixa para atender todo o mercado local.
Cussiol Neto disse que o aumento no número de lançamentos de imóveis no ano passado demonstra o momento positivo que vive o setor da construção civil em Sorocaba. “Com juros mais baixos, o cenário foi bastante promissor em 2021 e nos anos anteriores para a venda de imóveis. Já em 2022, com o aumento na taxa de juros, o resultado final talvez não seja tão otimista, mas ainda há margem pelos próximos dois anos para uma boa expectativa de venda de imóveis novos na cidade”, apontou.
Segundo a pesquisa sobre o mercado imobiliário de Sorocaba, no primeiro trimestre do ano passado foram lançadas 1.931 unidades, mais 1.485 no segundo trimestre, outras 1.796 no terceiro e mais 1.675 nos últimos três meses de 2021. Já em 2020, o primeiro trimestre fechou com 851 unidades, o segundo com 294, o terceiro trimestre com 356 e no último trimestre outras 2.265 unidades lançadas.
Os números mostram os primeiros nove meses de 2020 com números baixos de lançamentos de unidades residenciais na cidade. Uma das hipóteses é a pandemia da Covid-19 naquele ano, que teve períodos mais críticos por conta do avanço da doença. Já os últimos três meses de 2020 mostram uma recuperação no número de lançamentos.
Em 2021, apesar do avanço da variante Ômicron do coronavírus em praticamente todo o país, os lançamentos ganharam força ao longo do ano em Sorocaba, principalmente com o avanço da vacinação e o arrefecimento da pandemia.
Dois dormitórios, a preferência
Em relação aos imóveis lançados em 2021, 50% são de dois dormitórios, na categoria econômica. Em seguida, 18% são imóveis de dois dormitórios (outra categoria), 18% com três quartos, 8% somente um dormitório, e 4% com quatro quartos. No total geral, os lançamentos somaram no ano passado 51% de unidades econômicas e 49% outros mercados.
Em relação aos tamanhos dos imóveis, ganham destaque (44%) os entre 45 metros quadrados e 65 metros quadrados, em seguida até 45 metros quadrados (27%), entre 66 e 85 metros quadrados (15%), entre 86 e 130 metros quadrados (10%), e mais de 130 metros quadrados (4%).
A pesquisa mostra ainda que entre os imóveis residenciais lançados em 2021 na cidade, os mais vendidos foram as unidades de três dormitórios (37%), seguido dos com dois dormitórios (categoria econômica) com 23% da preferência do cliente, e 21% de dois dormitórios.
Quanto aos preços dos imóveis vendidos em Sorocaba no ano passado, a maior parte foi de unidades entre R$ 230 mil e R$ 500 mil, seguido de menos de R$ 230 mil (22%), acima de R$ 900 mil (20%), entre R$ 500 mil e R$ 750 mil (14%) e entre R$ 750 mil e R$ 900 mil (10%).
Isenção de tributos
A Construtora Planeta, que possui no total 54 empreendimentos já entregues, informou que, a partir deste ano, quem vender um imóvel tem mais uma opção para deixar de pagar o imposto de renda (IR) sobre o lucro do negócio já que a Receita Federal editou instrução normativa que isenta do tributo quem usar os recursos da venda para quitar financiamentos imobiliários contratados anteriormente.
É uma boa notícia para impulsionar o desempenho do setor em 2022. Desde 2005, as vendas de imóveis eram isentas de IR apenas para quem usasse o dinheiro do negócio para comprar outro imóvel em até seis meses. O Fisco, no entanto, só concedia o benefício nos casos em que o contrato da nova moradia fosse assinado nesse prazo. Quem usava o dinheiro para quitar outro imóvel não conseguia a isenção porque o contrato tinha sido assinado antes da venda da primeira unidade. (Ana Cláudia Martins)