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Protestos

Diretor da Antônio Padilha é afastado após episódio de transfobia

A direção da escola teria impedido uma aluna transexual de utilizar o banheiro feminino; houve manifestação em repúdio

04 de Abril de 2022 às 19:08
Wilma Antunes [email protected]
Dezenas de alunos da escola estadual Antônio Padilha participaram da manifestação nesta segunda-feira (4)
Dezenas de alunos da escola estadual Antônio Padilha participaram da manifestação nesta segunda-feira (4) (Crédito: Divulgação)

Após uma manhã marcada por protestos de alunos em frente à escola estadual Antônio Padilha, no Centro de Sorocaba, o diretor da instituição foi afastado nesta segunda-feira (4). A medida ocorre dois dias depois de um suposto episódio de transfobia contra uma estudante, que teria sido impedida de utilizar o banheiro feminino da unidade.

Os alunos da escola argumentaram que a garota passou por uma situação humilhante e constrangedora na sexta-feira (1º). Cartazes e faixas exibidos por dezenas de jovens pediam a saída do diretor. O Cruzeiro do Sul acompanhou a manifestação e tentou falar com a vítima, mas ela preferiu não dar entrevista. O diretor da escola, que chamou a Polícia Militar para acompanhar o protesto, também não quis se pronunciar sobre a situação. Cinco viaturas da polícia estiveram na escola.

A Diretoria de Ensino de Sorocaba, responsável pela gestão das escolas estaduais, abriu uma apuração preliminar sobre o caso. De acordo com o órgão, além dessa, outras denúncias também serão investigadas. O diretor continuará afastado preventivamente enquanto durar a apuração.

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc) informou, em nota, que repudia todo e qualquer tipo de discriminação, racismo ou LGBTQIAP+fobia dentro ou fora das escolas. O texto também destaca que a equipe do Conviva SP, programa de convivência e segurança da Seduc, foi acionada para dar suporte à comunidade escolar.

A escola Antônio Padilha disse que está à disposição da estudante vítima de transfobia para ouvi-la por meio do programa Psicólogos da Educação. Se houver a autorização dos responsáveis, um atendimento especializado será realizada para dar suporte à menina. O caso foi registrado no Placon, sistema do programa que tem como principal objetivo monitorar a rotina das escolas estaduais. (Wilma Antunes