Entre as muitas conquistas da Faculdade de Direito de Sorocaba (Fadi) em 65 anos de história, a instituição tem mais um motivo para comemorar: a certificação do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Esta, no entanto, não é a primeira vez que a Fadi recebe o selo de qualidade. O diretor Gustavo dos Reis Gazzola relembra que, nos últimos três anos, a faculdade tem sido reconhecida pela Ordem. Para ele, a certificação é fruto de trabalho em equipe efetivo e de um corpo docente qualificado.

Gazzola visitou ontem (23) a sede da Fundação Ubaldino do Amaral (FUA), mantenedora do jornal Cruzeiro do Sul e do Colégio Politécnico, para falar sobre a importância do selo. Ele estava acompanhado do conselheiro da Fadi, promotor Antonio Farto Neto, que também comentou sobre os avanços tecnológicos da faculdade.

Em dois anos de pandemia, faculdades e universidades de todo o mundo se depararam com novos desafios na área da educação. Logo, as instituições tiveram de se reinventar para manter ou elevar os padrões de qualidade do ensino.

Mesmo em meio a uma crise sanitária, a Fadi seguiu com resultados positivos nas provas da OAB. A média de aprovação, na primeira etapa do exame, é de 50% a 60%, segundo o diretor da instituição.
“A Fadi, ao ser agraciada com esse selo, se destaca entre as faculdades do Brasil, já que a OAB é muito criteriosa na concessão desse selo de qualidade. Tanto que em dezembro, no Estado de São Paulo, das várias faculdades de Direito, apenas 24 tiveram a oportunidade de recebê-lo. Isso mostra o destaque que a nossa faculdade tem”, disse Gazzola.

Para ser classificada entre as melhores do País, a OAB analisa aspectos como qualidade de ensino, corpo docente, biblioteca, estrutura de prédios, entre outros. A Fadi passou por um processo de reestruturação, inclusive nas salas de aula, que prepara melhor os alunos para irem aos tribunais.

Além disso, a faculdade também investe em tecnologia, visto que a área de Direito passou por uma revolução nos últimos dois anos. O que antes demandava tempo e planejamento, agora se tornou mais simples, como é o caso das audiências virtuais.

“O Brasil tinha uma dificuldade muito grande de aceitar as audiências virtuais. Nos tribunais, os desembargadores saíam de suas cidades de origem para participar de sessões do júri. Com a pandemia, as plataformas de videoconferências mostram sua força. Foi um sucesso absoluto, tanto que durante a crise sanitária, aumentou-se o número de sentenças e julgamentos, os processos andaram mais rápido, assim como as liminares”, destacou Farto Neto.

O novo selo, segundo Gazzola, trouxe ainda mais motivação para a instituição inovar em seu modo de educar. “Isso se deve ao fato de termos professores extremamente capacitados, que sempre dão o seu melhor nas salas de aula”, disse. (Wilma Antunes)