Estragos da chuva
Rua do Jardim Abaeté é inundada e crianças brincam na água
Dezenas de moradores tiveram suas casas inundadas na região do Abaeté. A água suja das enchentes traz alerta para cuidados com a saúde
Além dos transtornos como inundação e alagamento, a chuva que ocorreu na madrugada deste sábado (12), em Sorocaba, também traz alerta para cuidados com a saúde. A água suja decorrente das enchentes pode ajudar na transmissão de doenças perigosas.
No Jardim Abaete, zona oeste da cidade, dezenas de moradores tiveram suas casas inundadas. As crianças, inocentemente, acharam a situação curiosa e aproveitaram um momento de distração da família para brincar na via alagada.
Um menino de aproximadamente 1,30 de altura entrou na água e disse: "Não está tão fundo, bate no meu joelho". A diversão foi rapidamente interrompida por um sermão vindo da mãe, que mandava o garoto sair da água, caso contrário, ele poderia contrair doenças.
E realmente, a responsável pela criança estava certa. A água de enchente facilita a transmissão de doenças como micose, hepatite, leptospirose e toxoplasmose. Essas, entretanto, não são as únicas enfermidades que podem ser contraídas por meio de água contaminada.
Há uma longa lista de males que podem ser adquiridos em situações como essas. Portanto, a recomendação é que, se possível, a população fique longe de área com enchentes e evite contato com a água suja.
Elias Queiroz de Freitas, de 64 anos, mora na região do Abaete e teve sua casa inundada. Ele e a família estão sem dormir desde a madrugada, quando começou a chuva. Seu Elias nem consegue estimar os prejuízos que teve por conta do temporal, mas tentou salvar o que estava a seu alcance.
"A casa está toda cheia de água, minhas coisas estão todas molhadas. Só o freezer e mais algumas coisinhas que a gente ergueu para não molhar. Com certeza vamos ter que jogar coisas foras. Móveis, colchão, estante e guarda-roupas estão todos encharcados. Até agora não chegou ninguém. Nem polícia, nem bombeiros e nem a Prefeitura", contou.
O aposentado ainda disse que, enquanto a água não baixa, ele ficará com a família em algum ponto da região que não esteja alagado. "Não tem o que fazer, tem que esperar", lamentou.