Mais uma vez, o nome de Rafael Pinheiro do Carmo, ex-diretor de área da Prefeitura de Sorocaba e agora ex-diretor de auditoria da Urbes, ocupa espaço no Diário Oficial. Isso porque o decreto de número 26.941, publicado no Jornal do Município desta quarta-feira (10), diz que o próprio Rafael pediu exoneração de seu cargo 46 dias após assumir função na empresa pública. Antes disso, em 2021, Rafael já havia sido exonerado de um cargo comissionado seis dias após se envolver em uma confusão com uma mulher transexual em um drive-in, na Vila Santa Rita.

Rafael assumiu o cargo de diretor de área do governo Rodrigo Manga (Republicanos) em 17 de janeiro do ano passado. Enquanto funcionário público, ele chegou a receber salário bruto no valor de R$ 10.297,43. A carreira de Rafael seguia normalmente, até o fim de julho. No dia 29 daquele mês, ele se envolveu em uma polêmica que incluía arma de fogo, drive-in e uma mulher transexual. Rafael e a acompanhante teriam extrapolado o tempo de permanência na “pousada” 24 horas. O episódio, entretanto, teria ocorrido por volta das 14h, horário de expediente de Pinheiro do Carmo.

Pouco tempo depois desse evento, no dia 4 de agosto, o então diretor de área foi exonerado do cargo. Na época, a prefeitura confirmou que Rafael havia faltado do trabalho nos dias 29 e 30 de julho. O advogado que cuidava do caso disse que o funcionário não era “amarrado ao emprego” e podia faltar se quisesse. O caso não repercutiu bem na cidade. Então, em dezembro, o ex-diretor de área alegou ter caído no golpe “Boa noite, Cinderela”. Por fim, em janeiro de 2022, Rafael voltou a assumir cargo comissionado, agora como diretor de auditoria da Urbes.

O decreto 26.850, que determina a sua volta, foi publicado no Jornal do Município em 14 de janeiro de 2022. Porém, desta vez, a permanência de Rafael em um cargo público foi curta. Dois meses após exercer função na empresa responsável pelo trânsito e transporte da cidade, ele deixou o cargo. Na decisão que comunica sua saída, o texto diz que ele mesmo pediu pela exoneração. Com apenas 46 dias de trabalho e salário bruto ainda maior que o anterior, de R$ 11.071,80, os motivos para tal solicitação ainda são nebulosos.

O Cruzeiro do Sul questionou a Prefeitura de Sorocaba sobre as possíveis razões para o pedido de exoneração do diretor de auditoria da Urbes. Em resposta, o poder executivo respondeu, sem dar muitos detalhes, que Rafael Pinheiro do Carmo entendeu seguir para novos desafios pessoais. “A Urbes informa, ainda, que não há registro de ato ou conduta no trabalho que desabone a atuação do diretor enquanto ele exerceu seu cargo na empresa”, pontuou a empresa. (Wilma Antunes)