A Polícia Civil de Sorocaba apreendeu, na tarde de quarta-feira (23), cerca de nove mil porções de drogas no Conjunto Habitacional Ana Paula Eleutério (Habiteto). Os entorpecentes, sendo maconha, cocaína e crack, foram encontrados em uma chácara na zona rural do bairro. Dois homens, um de 30 e outro de 32 anos, foram presos no local.

Segundo o delegado Acácio Aparecido Leite, titular do 8º Distrito Policial (DP), o local foi descoberto a partir de denúncias. As investigações duraram um mês. Durante esse perídio, equipes monitoraram a movimentação na chácara. Na quarta-feira (23), ao constatarem fluxo intenso, decidiram invadi-la.

Na casa, os policiais encontraram as drogas escondidas dentro de barris e contêineres de lixo.  Ainda acharam vários itens para o preparo e embalo dos entorpecentes e dois celulares. “Lá, era um centro de distribuição, porque há droga pronta, droga a ser cortada, pesada e embalada, muitas embalagens vazias, de vários tipos, pinos, saquinhos, papel filme, para enrolar maconha, várias balanças, facas de vários tipos, para fazer o corte, liquidificador”, diz Leite.

Também havia uma substância diferente, que chamou a atenção dos policiais. “A gente acha é que é gesso, que era usado para misturar, principalmente, com a cocaína”, fala o delegado. Os dois homens presentes no imóvel disseram trabalhar para o dono do imóvel. Porém, não revelaram a identidade dele.

Ambos foram presos em flagrante e levados para o 8º DP, onde foram autuados por tráfico e associação ao tráfico de drogas. Segundo Leite, nos depoimentos, eles optaram por ficar em silêncio. O delegado pediu à Justiça a conversão das prisões para temporárias e aguarda a decisão. Os homens passarão por audiência de custódia nesta quinta-feira (24). Se mantidas as prisões, serão encaminhados para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Sorocaba.

De acordo com Leite, o homem de 32 anos cumpriu pena por latrocínio (roubo seguido de morte) de 2014 até janeiro deste ano. Havia saído da prisão em liberdade provisória. Já o outro, de 30, tinha passagem policial por receptação. As investigações continuam. “Agora, queremos identificar quem era o dono da droga”, informa Leite. A Polícia Civil também busca identificar para onde as drogas preparadas na chácara eram enviadas. 

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