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Cidades

SP registra queda de internações por Covid

Diminuição na ocupação de leitos acontece após pico causado pela variante Ômicron em dezembro e janeiro

22 de Fevereiro de 2022 às 00:01
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Ocupação das enfermarias caiu de 58% para 47% e das UTIs, de 68% para 58%, nos últimos sete dias.
Ocupação das enfermarias caiu de 58% para 47% e das UTIs, de 68% para 58%, nos últimos sete dias. (Crédito: AGÊNCIA BRASIL)

O Estado de São Paulo voltou a ter menos de 50% de ocupação das enfermarias voltadas ao tratamento da Covid-19, segundo dados oficiais divulgados ontem (21). A porcentagem caiu de 58% para 47%, enquanto a ocupação de UTIs caiu de 68% para 58% nos últimos sete dias. A queda ocorre após um pico causado pela variante Ômicron em dezembro e janeiro.

O Estado chegou a ter 15 mil pessoas internadas no pico da terceira onda, em 29 de janeiro, de acordo com o secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn. O número ontem era de 6.600 internados.

Sobre a subvariante da Ômicron, detectada em países como a Dinamarca, o secretário acredita que a situação está sob controle. “À medida em que o Estado está progredindo com a vacinação, cada vez mais nós temos uma taxa de anticorpos que é bastante significativa, porque ela não só é elevada, mas tende a se manter por um período maior. E conforme as pessoas apresentam quadros mais leves, mesmo de outras variantes, elas vão fazendo o que chamamos de ‘booster vacinal’, vírus circulante, que também tem um efeito de reforço na imunidade, por isso que grande parte da população teve quadro brando e sem sua intensificação que, infelizmente alguns tiveram e até perderam as suas vidas”, disse.

Grupos específicos como imunodeprimidos e imunossuprimidos estão recebendo a quarta dose no Estado de São Paulo. O governo espera ampliar a aplicação em abril para idosos. “O idoso passa a ter o envelhecimento do seu sistema imune, por isso, temos atenção especial com esse público”, afirmou. A imunização para esse grupo está prevista para começar em 4 de abril, de forma escalonada, começando por pessoas acima de 90 anos.

Com imunização contra a Covid-19 nas escolas, governo estadual espera ampliar vacinação de crianças. Com o objetivo de atingir pelo menos 90% da imunização contra a Covid-19 de crianças entre 5 e 11 anos, o governo paulista realiza uma mobilização em escolas municipais, estaduais e particulares. A busca ativa, que recebeu o nome de Semana E, começou no sábado (19) e se estende até sexta-feira (25), quando postos volantes serão montados nas redes de ensino cadastradas.

“Com as escolas municipais, estaduais e privadas que se propuseram em receber esses postos de vacinação teremos a capacidade de vacinar as crianças de 5 a 11 anos. Já temos um processo de vacinação acelerado com 63,34% desse público vacinado, mas o objetivo é atingir 90%. E a escola é o melhor lugar para que isso aconteça. Que as crianças possam ser resgatadas e vacinadas com a anuência de seus pais, que não obrigatoriamente precisarão estar presentes”, disse.

Os municípios que aderirem à iniciativa poderão vacinar as crianças sem burocracia, com apenas um documento de concordância dos pais ou responsáveis. O termo já foi disponibilizado aos 645 municípios e poderá ser enviado aos pais e responsáveis nas escolas que aderirem ao programa.

De acordo com o secretário, essa faixa etária tem sido alvo de situações de maior gravidade quando infectadas pelo novo coronavírus. “De novembro para cá, com a variante Ômicron, houve um aumento de 62% nas internações nas Unidades de Terapia Intensiva pediátricas (UTIs) para crianças internadas em decorrência de complicações de Covid-19”, alertou Gorinchteyn.

Para fazer parte da mobilização, a escola deve fazer a solicitação ao seu município. “Cada escola faz a sua solicitação para o seu município”, explicou. Para cada escola serão descolocados funcionários do posto -- aplicadores, técnico de enfermagem e todo material a ser utilizado na imunização.

Desde o dia 14 de janeiro, as crianças entre 5 e 11 anos começaram a ser imunizadas no Estado de São Paulo, mas, para aumentar a adesão, o governo decidiu realizar a mobilização. A Semana E foi anunciada na última quarta-feira (16). A desinformação e o estoque baixo têm travado a imunização de crianças no Brasil. O governo de São Paulo procura, em meio a isso, aumentar a cobertura vacinal desse público e, além disso, o engajamento dos adolescentes que estão nas escolas e que não completaram o esquema vacinal. A medida irá somar esforços à busca ativa que já é feita em outros ambientes pelas secretarias da Saúde dos municípios.

“Tínhamos cinco milhões e quatrocentas mil pessoas faltosas em segunda dose, sendo dois milhões e setecentas mil que eram públicos de 12 a 29 anos, mas especialmente entre 12 e 19 anos, que era a metade. Esse número caiu para dois milhões e cem mil, temos um milhão de adolescentes faltosos. Essa política de vacinar nas escolas permite também que esse grupo de 12 a 19 anos, que circulam mais, também seja vacinado”, disse o secretário. (Da Redação)