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Cidades da RMS aparecem no Mapa da Seca de janeiro

Levantamento mensal feito pela Agência Nacional de Águas classifica situação atual como grave

20 de Fevereiro de 2022 às 00:01
Ana Claudia Martins [email protected]
Represa de Itupararanga.
Represa de Itupararanga. (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO / ARQUIVO JCS (7/2/2022))

Praticamente todos os 27 municípios da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS) aparecem no mapa da seca de janeiro de 2022 que foi feito pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O levantamento é feito mensalmente pela agência que está ligada ao governo federal.

Chamado de “Monitor de Secas”, o último mapa foi divulgado pela ANA na última quinta-feira (17) e mostra quase todo o Estado de São Paulo, incluindo as cidades da RMS, na cor laranja, que representa seca grave. Por conta disso, alguns municípios da RMS mantém o racionamento de água, como é o caso de Sorocaba e Salto, que recentemente prorrogaram a medida.

O monitor mostra ainda uma pequena parte do Estado com seca excepcional (cor marrom) e seca extrema (cor vermelha), principalmente no Norte paulista, e uma parte ainda menor, no extremo Sul de São Paulo com seca fraca (cor amarela).

Segundo a ANA, o mapa pode ser considerado um “retrato” da situação de seca no último dia do mês a que ele se refere, ou seja, janeiro de 2022. No caso da RMS, a pasta federal informa, que devido às chuvas abaixo da normalidade, houve o avanço da seca grave no sudoeste do Estado de São Paulo, o que inclui Sorocaba e os demais municípios da região.

“O monitor facilita a tradução das informações em ferramentas e produtos utilizáveis por instituições tomadoras de decisão e indivíduos, de modo a fortalecer os mecanismos de monitoramento, previsão e alerta precoce”, informa a Agência Nacional de Águas.

Mapa da Seca coloca quase todo o Estado paulista em área de seca grave. - DIVULGAÇÃO ANA
Mapa da Seca coloca quase todo o Estado paulista em área de seca grave. (crédito: DIVULGAÇÃO ANA)

Desde o segundo semestre do ano passado, algumas cidades da RMS já estavam sofrendo com o problema da estiagem e tiveram que adotar medidas de restrição de consumo de água, como rodízios e racionamentos. São elas; Itu, Araçoiaba da Serra, Salto e Porto Feliz.

Também em setembro de 2021, Sorocaba e mais nove cidades da região decretaram estado de alerta hídrico por conta da falta de chuvas. Recentemente, Itu, Araçoiaba e Porto Feliz começaram a suspender as medidas de restrição de consumo de água.

Racionamento continua

As prefeituras de Sorocaba e de Salto, na RMS, anunciaram na última quinta (17) a continuidade do racionamento de água. Em Sorocaba, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) prorrogou a medida nos mesmos moldes por mais 28 dias, ou seja, até o próximo dia 17 de março. Já em Salto, o Saae decidiu ampliar o rodízio por causa do aumento no consumo de água no município, em função das altas temperaturas dos últimos dias.

Em Sorocaba, o objetivo da prorrogação do racionamento é atingir a meta de 50% do volume de água na represa de Itupararanga, que é responsável pelo abastecimento de 85% da cidade, além de mais sete cidades da RMS. Na última quinta, o reservatório chegou a 43% de sua capacidade.

Conforme a Prefeitura de Sorocaba, caso o volume da represa atinja a meta de 50% antes do dia 17 de março, o racionamento de água na cidade deverá ser suspenso. A medida teve início da cidade no dia 17 de janeiro de 2022 por conta da pior seca enfrentada pela represa nos últimos 96 anos. O volume de água chegou a cair para 18%.

Consumo elevado

O racionamento e rodízios de água em Salto se iniciaram em meados do ano passado, devido à estiagem e aos níveis baixíssimos de água que foram verificados no Ribeirão Piraí, que abastece 85% do município, e no Ribeirão Buru, que abastece o restante da cidade.

Depois de suspender em 85% o rodízio de água no início deste mês, o município de Salto mudou o cronograma da medida após haver aumento no consumo. A nova programação do rodízio começou na última quinta (17) atingindo duas regiões (bairros da região noroeste, atendidos pela ETA João Jabour) no sistema 24 horas com água, 24 horas sem; e a outra (Icaraí e Hospital) em 12 horas com água, 12 horas sem, esta por tempo indeterminado.

“O rodízio vai ser necessário até que a reforma do filtro da ETA João Jabour esteja completa e a troca da bomba de transferência para as regiões de Icaraí e Hospital esteja concluída”, informa o Saae de Salto. (Ana Cláudia Martins)

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