Duas profissionais da saúde de Alumínio foram afastadas de suas funções após aplicarem doses da vacina contra Covid-19 em quatro crianças, sem a diluição correta para este público. O erro aconteceu durante a campanha de imunização de quinta-feira (17), na Biblioteca Municipal. A informação foi confirmada por meio de uma nota oficial divulgada nesta sexta-feira (18) pela Prefeitura.

As crianças que receberam as doses inadequadas têm idades entre 5 e 11 anos. A administração municipal esclareceu que uma enfermeira e uma técnica de enfermagem, responsáveis pelo erro, foram afastadas. Também destacou que o diretor do departamento de Saúde, bem como uma equipe técnica, visitou as casas dos quatro vacinados para fazer avaliações e orientar seus familiares.

Segundo a Prefeitura, as crianças estão bem e não manifestam reações adversas. Entretanto, uma delas teria apresentado alguns efeitos colaterais, como dor de cabeça e diarreia. Em nota oficial, o Executivo afirmou que um dos pacientes estava em observação em um hospital particular da cidade por decisão dos pais. As demais crianças são monitoradas diariamente pela equipe de saúde do município, segundo a Prefeitura.

Diluição

Apesar de a composição da vacina contra o coronavírus ser a mesma para adultos e crianças, os imunizantes possuem diferenças significativas no que diz respeito ao processo de conservação, armazenamento e preparo das doses. Atualmente, somente os imunizante Pfizer e Coronavac são autorizados para o público infantil no Brasil.

Segundo um artigo publicado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é necessário diluir a Pfizer em sua embalagem original, com solução injetável de cloreto de sódio, para crianças de 5 a 11 anos. Já, a Coronavac não precisa passar por esse procedimento. Ainda conforme o texto, é recomendado que os profissionais da saúde façam uma dupla-checagem durante o preparo e a administração da vacina.

Para os adultos, somente a vacina da Pfizer precisa ser diluída, de acordo com Anvisa. A principal diferença no preparo das doses é que, em adultos, uma quantidade maior do imunizante é injetada no paciente. Contudo, o confundimento dos profissionais também podem aumentar riscos de eventos adversos no processo de vacinação para este público.