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Sorocaba

CPI do Livro ouve quatro servidores da Prefeitura

19 de Fevereiro de 2022 às 00:01
Marcel Scinocca [email protected]
À porta fechada, depoimentos na Câmara duraram o dia todo.
À porta fechada, depoimentos na Câmara duraram o dia todo. (Crédito: MARCEL SCINOCCA (18/2/2022))

 

A CPI dos Livros, que investiga possíveis irregularidades na compra de livros paradidáticos pela Prefeitura de Sorocaba, em 2020, realizou nova rodada de oitivas ontem (18). Quatro servidores prestaram depoimentos ao longo do dia. Os trabalhos só terminaram por volta das 17h30. Os servidores tiveram suas identidades preservadas e as oitivas ocorreram na sala de reuniões, com portas fechadas e sem transmissão da TV Câmara.

Segundo o presidente da CPI, vereador Vinícius Aith (PRTB), as oitivas do dia tiveram o mesmo peso da data anterior, quando a ex-prefeita Jaqueline Coutinho (MDB) deu depoimento. “Conseguimos saber como ocorreu todo o processo com mais profundidade. Agora, as coisas estão começando a se ligar, a fazer sentido”, disse. “Já foi possível cruzar informações dos depoimentos e alguns dados foram confirmados, outros não”, completou.

Ele ainda insistiu que as compras foram feitas sem planejamento nenhum. “Todo os indícios que pudemos apurar mostra de que há irregularidade. A primeira adesão de compra foi feita com mais cautela”. Aith questionou o que considera irregularidades, como o valor pago por Sorocaba a material semelhante e com maior preço que o comprado pela cidade de Votorantim. Sorocaba teria desconto por compra antecipada, o que, segundo ele, não ocorreu. O presidente não descartou a possibilidade da CPI necessitar de prova pericial sobre o caso.

Duas novas rodadas de depoimentos estão marcadas para a semana que vem. Na quarta-feira (24), prestam esclarecimentos mais três servidores. A coleta de informações será do mesmo modo, com porta fechada e preservação das identidades dos depoentes. No dia seguinte, sexta-feira (25), o corregedor-geral do município, Carlos Alberto de Lima Rocco Junior, encerra, nesta primeira etapa, a lista de depoimentos.

Compra pelo Estado

A ex-prefeita Jaqueline Coutinho (MDB) voltou a reinterar ontem que o município comprou os livros no processo de ata de preço dentro do que é oferecido pelo Estado. Documento enviado à reportagem mostra que o pregão foi realizado pelo Governo do Estado de São Paulo e que a compra foi gerenciada pela Fundação Para o Desenvolvimento Educação (FDE). “Esses documentos demonstram que adquirimos os livros da Fundação para o Desenvolvimento da Educação, do Governo do Estado de São Paulo, que tinha celebrado uma ata de registro de preços com a empresa GM Quality. Portanto não compramos da empresa e sim da ata do Governo do Estado, cuja fornecedora era a empresa em tela”, disse. (Marcel Scinocca)