Sorocaba atingiu o maior índice larvário do mosquito Aedes aegypti dos últimos cinco anos. Segundo dados amostrais coletados pela Secretaria da Saúde (SES), a Avaliação de Densidade Larvária (ADL) chegou a 5,7% de todos os imóveis vistoriados. O considerado satisfatório é até 1%. A proliferação desenfreada do inseto é preocupante e coloca a cidade em risco de epidemia, conforme estabelece o Ministério da Saúde. Um dos fatores que contribuem para essa situação é o clima abafado associado às chuvas recentes.

De acordo com a Prefeitura, 11 casos de dengue foram registrados neste ano, sendo seis autóctones e cinco importados. As taxas da ADL mostram que a cada 100 imóveis visitados, mais de cinco tinham larvas do mosquito da dengue. Esse número é mais que o dobro do que foi notificado em 2021, que teve 4,5% como nível mais alto. O percentual em 2020 foi de 3,5%. Já no ano de 2019, a cidade marcou 4,4%, contra 3,8% em 2018 e 1,1% em 2017.

Para a administração municipal, a cidade ainda não vive um momento epidêmico. “Devido ao baixo número de casos, não há uma região preocupante. É de extrema importância, sempre, a conscientização da população no combate ao mosquito Aedes aegipty”, destaca. No entanto, os trabalhos de rotina foram intensificados e uma força-tarefa foi montada. Esta última ação conta com três caminhões que fazem a retirada de materiais que possam acumular água e serem potenciais criadouros.

Além das visitas “casa a casa” realizada por equipes da Zoonoses, outra ação complementar à atividade de bloqueio é a aplicação de veneno, conhecida como nebulização. esse expediente é adotado quando há constatação de um caso positivo ou suspeito de arbovirose (dengue, chikungunya, zika e febre amarela) em uma região delimitada.

Mesmo com as operações de combate ao Aedes aegypti promovidas pela Prefeitura, cabe à população fazer a sua parte. É preciso manter as lixeiras tampadas com sacos plásticos bem fechados e guardar os pneus secos em locais cobertos. Também é necessária muita atenção com as garrafas, frascos, potes, latas vazias e baldes descartáveis. Eles devem ser mantidos sempre virados de boca para baixo. Outros cuidados devem ser observados com vasilhas de água para animais doméstico, bandejas de geladeiras, calhas e piscinas. Afinal, onde tem água limpa e parada, pode ter larvas do inseto.

Os munícipes podem fazer denúncias de criadouros do mosquito por meio do canal 156 ou pelo site da Prefeitura (www.sorocaba.sp.gov.br). A queixa ainda pode ser realizada em uma das Casas do Cidadão. Também é possível registrar a ocorrência pelo WhatsApp da Ouvidoria Geral do Município, pelo número 99129-2426, das 8h às 17h. Em seguida, uma equipe técnica vai ao local e faz a inspeção da área. (Wilma Antunes)